Cerca de 300 bancários reunidos em assembléia na sede estadual do sindicato, em Cuiabá, ontem à noite, deflagraram greve geral nos bancos de Cuiabá e Várzea Grande (72 agências), que terá início hoje, e busca um reajuste de 11,77%.
A greve é uma medida inevitável e provocada pela intransigência dos banqueiros, que lucram 25% por ano, podendo a cada quadriênio, portanto, ter um novo banco. Mesmo sendo o setor de capital aberto mais lucrativo em 2004, obtendo lucros exorbitantes, ofereceu a proposta de apenas 4% aos funcionários.
Os bancários em assembléia também deliberaram que os aposentados que têm salário a receber poderão entrar nas agências bancárias até sexta-feira, dia 07. A maioria dos aposentados recebe salário nos caixas de auto-atendimento.
Para as demais pessoas os caixas de auto-atendimento não estarão liberados.
A assembléia definiu, ainda, que o principal “alvo” da greve será o banco Bradesco, que costumeiramente mais reprime manifestações, mais assedia moralmente os funcionários e mais censura os bancários quanto à participação de atividades sindicais.
Além do reajuste de 11,77%, a categoria reivindica Participação nos Lucros e Resultados- PLR (composta pelo salário, R$ 788 e distribuição linear de 5%), ampliação do horário de atendimento à população e contratação de mais funcionários.
Até mesmo os bancários do Banco do Brasil, que aceitaram proposta da direção da empresa em relação à PLR, aderiram à greve.
Essa proposta consistiu de percentual linear de 4% do lucro líquido, uma parcela fixa de R$ 365, totalizando R$ 1.316 para todos, sendo na parte móvel patamar mínimo de 40% do salário.