A quantidade de casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja continua aumentando em Mato Grosso. Dados do sistema Consórcio Antiferrugem, contabilizados até ontem, mostram 96 ocorrências desde o início da safra atual. Até a segunda semana de fevereiro, por exemplo, havia 74 registros. Aproximadamente 29,72% de alta entre os períodos de análise.
O assunto também foi levado às redes sociais. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja), Glauber Silveira, questionou, em seu microblog, a boa eficiência dos produtos para controle de ferrugem que são vendidos atualmente e, também, criticou a demora do Governo Federal em liberar a comercialização de novos. “Produtores reclamam de produtos para controle de ferrugem – dizem que quase nenhum tem boa eficiência, o prejuízo é enorme”, destacou em um trecho. “Vários produtos mais eficientes no controle de doenças estão a espera de liberação, infelizmente o governo é ineficiente em aprovar”, emendou o líder no agronegócio.
Sinop, Campo Verde, Querência, Diamantino, Sorriso, Pedra Preta, Campos de Júlio, Lucas do Rio Verde, Sapezal e Primavera do Leste foram alguns dos municípios onde houve registros da doença. Conforme o sistema, Mato Grosso tem o terceiro maior índice de registros no país, ficando atrás do Paraná (110 casos) e Rio Grande do Sul (105). Goiás aparece em quarto, com 54 ocorrências. Ao todo, foram 419 ocorrências registradas nas lavouras brasileiras.
Colheita
Conforme Só Notícias/Agronotícias informaram, o processo de colheita em Mato Grosso atingiu 58,7% da área estimada em 7,8 milhões de hectares até a última semana, segundo o boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ritmo está 6,1 pontos percentuais “atrasado” em relação a safra passada.