Para que a situação do Porto Seco de Cuiabá seja normalizada será necessário um período de, aproximadamente, uma semana. Isso porque houve um grande atraso na liberação das mercadorias aos respectivos destinos, em função da greve dos auditores fiscais da Receita Federal. A paralisação começou no dia 18 de março e foi suspensa em assembléia geral na quinta-feira. A greve será interrompida até o dia 1º de junho, porém o trabalho dos profissionais só serão normalizados na segunda-feira.
De acordo com o gerente de Comércio e Logística do Porto Seco, Elton Erthal, ainda há muitos produtos na estação aduaneira que consomem cerca de 70% da capacidade total de armazenamento. Ele prefere não comentar sobre a quantidade de produtos à espera do desembaraço aduaneiro e nem os valores. Mas quando a greve atingiu cerca de 20 dias de duração chegou a 1,8 mil toneladas avaliadas em US$ 7,5 milhões. “Agora estamos aguardando a realização de todos os procedimentos para que o trabalho no Porto Seco seja normalizado. Temos poucos produtos porque a greve atingiu todo o país então não chegou tanta mercadoria para nós”.
O o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil em Mato Grosso, Cláudio Márcio Oliveira Damasceno, explica que a greve só foi suspensa para que o governo possa voltar à mesa de negociações. “Decidimos dar um tempo para ver o que acontece”, diz ao acrescentar que entre as reivindicações da categoria estão realinhamento salarial, que seja compatível ao pago aos delegados da Polícia Federal, e que haja reajuste nas avaliações de carreira. Com relação ao salário, Damasceno afirma que a categoria concordou com o valor reajustado em 43% sobre o atual. A discordância existe apenas no prazo para o aumento ser concedido, em três parcelas, com a última prevista para julho de 2010.