Pelo terceiro mês consecutivo, a atividade da construção se manteve baixa. Segundo dados divulgados hoje (25) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de outubro ficou em 48,8 pontos, em uma escala de 0 a 100. Em setembro, os indicadores registraram em 48,6 pontos. Mesmo com o leve aumento, o número é considerado baixo para o segmento.
"Os indicadores de outubro mostram um cenário negativo para a indústria brasileira. A atividade está desaquecida, a produção caiu e os estoques de produtos finais aumentaram", diz a pesquisa. O índice, segundo a CNI, varia de 0 a 100 e, acima dos 50 pontos, pode representar aumento na atividade e expectativa positiva.
Segundo o economista da CNI Danilo Garcia, as atividades da construção foram impactadass pela instabilidade financeira internacional. "O setor da construção não está imune aos efeitos do cenário econômico mundial adverso", disse.
A pesquisa aponta ainda que o resultado negativo "contaminou" as expectativas dos empresários. O otimismo com relação à evolução da demanda ficou em 53,3 pontos. O índice é o menor desde 2009. A CNI destacou recuo na expectativa de três componentes: compras de matérias-primas, número de empregados e quantidade exportadas. Todos os indicadores estão abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Sobre a evolução do número de empregados na construção civil, o indicador apresentou estabilidade. O índice registrado foi de 49,1 pontos frente aos 50,3 de setembro. Já o índice de utilização de capacidade instalada (UCI) efetiva ficou ainda mais distante da linha de 50 pontos. O indicador caiu de 45 pontos em setembro para 43,3 pontos, no mês passado.
A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre os dias 1º e 18 de novembro. Foram ouvidos representantes de 1.864 empresas (1.001 de pequeno porte, 599 médias e 264 grandes)