A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso emitiu nota apontando não apoiar a possível paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para o dia 1º de fevereiro. Em assembleia-geral extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), as entidades representantes de caminhoneiros decidiram parar em decorrência da alta no preço do combustível.
A ATC avaliou que “com base no exame de fatores sociais, econômicos e políticos, que é um ato imprudente e irresponsável convocar uma paralisação no setor de transporte rodoviário de cargas no momento em que vivemos uma das maiores pandemias de nossa história, que afeta gravemente toda a sociedade brasileira”.
A associação ainda ponderou acreditar que “no momento, o melhor a ser feito é continuar dialogando com o atual governo, que até a presente data, sempre se manteve sensível e atento às reivindicações da categoria, bem como, apresentando soluções para a maioria delas”.
Apesar de se posicionar contrária, a ATC reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos caminhoneiros autônomos, ao destacar que “não são tão diferentes das quais as empresas de transporte também enfrentam há décadas, como o alto preço do óleo diesel, os baixos preços dos fretes ofertados, falta de infraestrutura nas rodovias, valores elevados das tarifas de pedágio, excesso de burocracia, elevado índice de roubo de veículos e cargas, falta de uma fiscalização mais eficiente das leis que protegem e são benéficas ao setor, dentre outras”.
A entidade é sediada em Rondonópolis e formada por mais de 100 empresas com mais de 15 mil caminhões vinculados.
Conforme Só Notícias já informou, o presidente do Sindicato Rural em Sinop, Ilson José Redivo afirmou que os produtores rurais também não são favoráveis a paralisação nacional dos caminhoneiros e considerou que seria um “tiro no pé” nesse momento.
Em Sorriso, a presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários Mato-grossense (Atrom), Mauri Soares, não apoia a paralisação dos caminhoneiros. A manifestação que é contra a alta no preço do combustível, também não foi aderida pelo presidente da Cooperativa do Caminhoneiros Autônomos de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich, que disse não acreditar na adesão dos motoristas de Mato Grosso.