Empresários do setor madeireiro continuam se mobilizando contra a forma que a operação Arco de Fogo vem sendo realizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com apoio da Polícia Federal e Força Nacional de Segurança. Em Alta Floresta, onde pelo menos três empresas foram multadas e uma lacrada, os industriais recorrerão à justiça para obter liminares derrubando as multas recebidas, alegando que a medição dos estoques, feita pelo Ibama, usou critérios próprios e não considerou o termo de cooperação técnica, firmado com a Sema, onde é adotada outra metodologia. A informação é do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Extremo Norte (Simenorte).
Será a mesma medida que a adotada em Sinop. Na semana passada, conforme Só Notícias já informou, pelo menos três indústrias receberam parecer positivo da Justiça Federal. O presidente Lindomar Elias Dela Justina explica que esta será a forma de recorrer das multas, já que os critérios utilizados pelo Ibama diferem da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).
“Vamos tomar o mesmo posicionamento, pois estão descumprindo o termo técnico. Nas três empresas multadas foram pelo menos R$430 mil aplicados. O órgão fiscalizou outras, mas até o momento não entregou o resultado”, declarou.
Segundo o presidente, não há um número confirmado de quantos devem procurar a justiça, já que as fiscalizações ainda ocorrem, e o total de multas a serem lavradas deve variar. “Depende do trabalho deles (Ibama). Todos recorrerão”, acrescentou.
Segundo Justina, Alta Floresta já começou a sentir os impactos da operação, deflagrada há pelo menos 15 dias. “Na empresa lacrada parte dos funcionários já foi demitida”, salientou.
Em Sinop, o presidente do Centro das Indústrias Produtras e Exportadoras da Madeira (Cipem), Jaldes Langer, admitiu semana passada que o setor pode entrar com uma ação coletiva, pedindo a intervenção da justiça. Mas por enquanto, permanecerão com as individuais.
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