A secretaria estadual de Meio Ambiente emitiu, hoje, a primeira Licença de Instalação para 8,67 km da 1º Ferrovia Estadual de Mato Grosso. O trecho é no município de Rondonópolis sentido Cuiabá e, com a licença, a empresa vencedora do chamamento público comece a construção dos primeiros trilhos da ferrovia ainda neste ano, nas proximidades do Parque Industrial Intermodal de Rondonópolis, além da logística e preparação de canteiros de obras, contratação de mão de obra, e transporte de materiais para o local.
As licenças de instalação serão emitidas por trecho e os próximos a serem analisados é de Cuiabá a Nova Mutum e de Mutum a Lucas do Rio Verde, totalizando 740 km (cortando 16 municípios, com algumas pontes e terminais de carga e descarga de produtos. A previsão é do trilhos chegaram a Cuiabá em 2025, em Nova Mutum em 2027, e em Lucas do Rio Verde em 2028.
Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) foram entregues pela empresa para a análise da secretaria, que considerou medidas de monitoramento, controle e mitigação de impactos. Foi feita análise técnica do setor de licenciamento e vistorias presenciais de equipes ao local.
A licença prévia do empreendimento já foi referendada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) em março após audiência e consulta pública à sociedade. Nas próximas etapas, o restante do traçado deve passar pelo licenciamento da Instalação, e por último, licenciamento para operação.
O projeto foi lançado, ano passado, pelo governador Mauro Mendes e conecta Mato Grosso à malha ferroviária nacional, até o Porto de Santos (SP), que é o principal do país e por onde, atualmente, são escoadas centenas de toneladas de soja, milho, carne e demais produtos de Mato Grosso, mensalmente, em direção para vários países.
O investimento previsto da iniciativa privada na ferrovia é de R$ 12 bilhões. Um estudo estima que o volume de recursos que circulará na economia tende a gerar uma onda positiva de R$ 4,9 bilhões na renda do Estado. Desse total, R$ 3,8 bilhões virão da movimentação provocada pelas obras de infraestrutura; R$ 506 milhões serão de serviços especializados de construção; R$ 329 milhões irão para a aquisição de material rodante (locomotivas e vagões) e R$ 240 milhões de atividades ligadas aos setores de serviços.
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