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Apresentado projeto de ferrovia ligando Mato Grosso a Minas Gerais

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O  ‘1º Workshop EF262 – Ferrovia do Cerrado’, ocorrido em Uberlândia (MG) debateu o planejamento que está sendo elaborado para construção de ferrovia ligando Alto Araguaia, no Mato Grosso, cruzando a Estrada de Ferro Norte-Sul, em Rio Verde (GO), e se interliga com a Ferrovia Centro-Atlântica em Uberlândia. “De lá, ela vai até o Nordeste e, também, de Uberlândia se conecta com a ferrovia Vitoria a Minas, indo até os portos do Espírito Santo, com a possibilidade de ligar ao Porto Do Açu (RJ)”, explica o conselheiro emérito da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Antônio Garcia, que acompanhou da apresentação do projeto. A extensão prevista da ferrovia é de 671 quilômetros. Se sair do papel, essa ferrovia vai integrar Mato Grosso com as regiões Sudeste e Nordeste.

“É uma ferrovia que vai fomentar o comércio inter-regional e ampliará o setor industrial, reduz o custo com transporte e vai baratear o frete dos nossos produtos para competir no mercado do Sudeste e trará matéria-prima de outras regiões também com custo menor. E, ainda, contribuirá para interligar a nossa região com portos do sudeste e viabiliza a construção do traçado da ferrovia até Cuiabá e da capital até Sinop”, afirmou, através da assessoria.

O integrante do Conselho de Infraestrutura da instituição, Luiz Miguel de Miranda, que também é professor da UFMT e esteve no workshop, um estudo preliminar estipula um volume de 20 milhões de toneladas entre Alto Araguaia (MT) e Uberlândia (MG). “Já protocolamos junto ao Ministério do Transporte a solicitação de medidas em torno do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Agora, o governo federal vai examinar para, depois, contratar o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia”, afirmou Miranda.

O trecho proposto pela Ferrovia do Cerrado, segundo Miranda, estava contemplado no projeto aprovado na licitação realizada em 1989, vencida pela concessionária Ferronorte (atual América Latina Logística – ALL). “Em 2010, a ALL tirou o trecho e devolveu ao governo federal”.

A meta de participação do modal ferroviário no país, estipulada pelo Plano Nacional de Logística e Transporte de 2006, é de 35% até 2025. “Quando foi definida essa meta, tínhamos 12% e hoje estamos com 16%. É algo que dificilmente alcançaremos até 2025. Há um grande desafio e a Ferrovia do Cerrado pode contribuir para chegar mais próximo desse objetivo”, disse o professor.

Diretores das federações das indústrias Goiás (FIEG), Espírito Santo, diretores da Universidade de Uberaba (UNIUBE), Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás(CREA-GO) também estiveram no evento.

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