A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apresentou hoje ao Governo do Mato Grosso, hoje, seu planejamento de alternativas do escoamento de produção do Estado, especialmente via hidrovias. A Teles Pires-Tapajós, partindo de Alta Floresta até os postos no Pará está inserida no plano da agência, que ainda não previu quando o projeto será colocado em prática para fortalecer o escoamento da safra agrícola das regiões Norte e Nordeste de Mato Grosso, além de baratear os custos, se comprado com transporte por rodovias.
A Antaq aponta que a hidrovia do Rio Madeiras, já em funcionamento, que precisa ser melhorada, aprimorada e aproximada mais do Estado, a hidrovia Tocantins/Araguaia, em fase de implantação, seria a alternativa para o escoamento de toda a carga da Região Nordeste também são consideradas as principais alternativas de Mato Grosso.
A partir de agora, a Antaq e o Governo do Estado começam a traçar estratégias, aliados aos Ministérios dos Transportes, do Meio Ambiente e da Agricultura, com a intenção de negociar com o Ministério das Minas e Energia e a Agência Nacional de Água (ANA) para fortalecimento da produção agrícola e expansão dessa produção.
Com objetivo de fazer uma ação concreta, junto ao Governo Federal, para incorporar ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) todos os projetos de estudos de implementação dessas hidrovias. O Estado ainda não faz uso das hidrovias por falta de infra-estrutura, cujo desafio é buscar isso, ter infra-estrutura adequada.
O diretor da Antaq, Fernando Fialho, lembrou que o Brasil ainda transporta apenas 13% de toda sua produção pelas hidrovias. Mato Grosso escoa 5 milhões de toneladas de grãos pela hidrovia Rio Madeiras. “O que é pouco frente a sua produção, que se consolidará cada vez mais a partir da medida que tenhamos alternativas dessa escoação, que garanta que ela seja competitiva no mercado internacional”, completou o diretor, destacando a importância de se fortalecer a compreensão da necessidade de que o país utilize de formas estratégicas as hidrovias.
Segundo ele, Mato Grosso, segundo maior produtor do país, tem condições de ser o primeiro com um potencial de produzir 90 milhões de toneladas, que só se concretizará se tiver como escoar a produção. Para isso, Fialho citou como fundamental ainda a integração dos moldais. “Não vai ter acesso às hidrovias senão tiver boas rodovias e aí utilizar a maneira mais lógica, que o mundo todo faz, cada tipo de transporte o trecho onde ele é mais econômico”, salientou.
O próximo passo será uma reunião entre Antaq, Governo de Mato Grosso e esse ministros em Brasília, prevista para breve. Acompanharam também a audiência o superintendente de navegação interior, José Alex Botelho de Oliva, e o gerente de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior, Alberto Tokarski.