sexta-feira, 20/setembro/2024
PUBLICIDADE

Alta nos combustíveis pressiona inflação

PUBLICIDADE

Embora o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, tenha ficado praticamente estável de junho para julho (de 0,15% para 0,16%), o perfil do resultado teve diferenças significativas entre os dois meses. De acordo com a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, em julho, a taxa foi pressionada, principalmente, pela alta nos combustíveis, cujos preços subiram, em média, 0,47% no mês, depois de caírem 4,25% em junho. O litro da gasolina, que havia registrado queda de 3,94% um mês antes, teve alta de 0,15% no período.

"Em julho a maioria dos grupos apresentou resultado inferior ao observado em junho. A pressão veio basicamente dos combustíveis, que vinham durante dois meses apresentando resultados negativos, e voltaram a pressionar a inflação, especialmente por causa do etanol, que por sua vez pressiona os preços da gasolina", destacou Eulina.

"Esse é um dos itens mais importantes no orçamento das famílias. Qualquer movimento nele mexe no bolso do consumidor e nos índices de inflação", explicou, acrescentando que somente este ano a gasolina acumula alta de 6,30%, superior à elevação registrada durante todo o ano passado (1,67%). O etanol subiu, de janeiro a julho, 10,19%. Já ao longo de 2010 acumulou aumento de 4,36%.

Segundo Eulina, a alta no etanol pode ser explicada por problemas na safra da cana-de-açúcar, que deve ter redução de 5% este ano, e pela perda de qualidade do produto em função de problemas climáticos, além do "descompasso entre a oferta e a procura, com o aumento da frota de carros flex no país".

Com isso, a taxa do grupo transportes, também pressionada pelas tarifas de ônibus interestaduais (de 0,55% para 5,60%), que tiveram reajuste em julho, passou de – 0,61% para 0,46% no período.

Já os alimentos tiveram queda mais forte em julho, tendo passado de -0,26% para -0,34%, de acordo com o levantamento do IBGE. Ficaram mais baratos na passagem de um mês para o outro o tomate (-15,32%) e as carnes (-1,12%).

Também apresentaram decréscimos em suas taxas os grupos habitação (de 0,58% para 0,27%), artigos de residência (de 0,42% para 0,03%), vestuário (de 1,25% para 0,10%), saúde e cuidados pessoais (de 0,67% para 0,47%) e despesas pessoais (de 0,67% para 0,49%). Educação manteve a taxa do mês anterior (0,11%) e comunicação passou de -0,05% para -0,04%.

Entre as regiões, Brasília registrou o maior índice (0,60%) e Recife (-0,15%), o menor. Para o mês de agosto, Eulina destacou que já há algumas pressões previstas, como é o caso de taxa de água e esgoto, que terá reajuste em algumas regiões metropolitanas, e o cigarro.

O documento do IBGE também mostra que a inflação acumulada no período de 12 meses encerrado em julho ficou em 6,87% e atingiu o resultado mais elevado desde junho de 2005, quando ficou em 7,27%. Em junho de 2011, o índice acumulado havia sido 6,71%.

Nessa base de comparação, os alimentos foram os que mais pressionaram o resultado, com aumento de 9,36%. O item refeições fora de casa exerceu o principal impacto, com variação de 11,97%.

O IPCA se refere às famílias com rendimento até 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para o cálculo do índice de julho foram coletados preços entre 29 de junho e 27 de julho e comparados àqueles vigentes entre 28 de maio e 28 de junho.

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Procon aplica mais de R$ 16 milhões de multas em 57 processos em MT

A Turma Recursal da secretaria Adjunta de Defesa do...

Mais de 30 vagas estão abertas em empresas de Colíder

Conforme relatório do Sistema Nacional de Empregos em Colíder...

Donos de 541 mil veículos em Mato Grosso não pagaram IPVA

A secretaria de Fazenda informou, hoje, que donos de...
PUBLICIDADE