Depois de um mês em negociação e sem acordo, o Ministério Público do Trabalho de Alta Floresta intermedia uma audiência entre representantes dos sindicatos patronal e dos trabalhadores, hoje. Em pauta, a definição do reajuste para trabalhadores de indústrias madeireiras de seis municípios do Extremo Norte.
Após vários debates, o Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte) ofereceu proposta de reajuste de 6%, porém, em assembléia, o Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Madeireiras de Alta Floresta e região (Sintaf) não acatou o percentual e pediu 7%, além de implantação do piso minímo, que é definido por categorias, de R$ 480.
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores, Antonio Carlos Cândido Silva, não é apenas o aumento salarial que está sendo cobrado, mas o cumprimento de algumas cláusulas sociais implantadas no ano passado. Uma delas trata da redução da jornada de trabalho para operadores de caldeira para 6 horas diárias. “Esses trabalhadores ganham pouco e trabalham até 12 horas por dia”, justificou.
Cerca de 2 mil funcionários do setor aguardam um acordo. Recentemente, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), também concordou com adequação do piso salarial dos trabalhadores de Sinop e Vera em 9,22% e o reajuste de 7%.
Além de Alta Floresta, o percentual será acrescido nos salários de trabalhadores de Paranaíta, Carlinda, Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes.