Moeda utilizada para comercialização das commodities agrícolas, o dólar não deve melhorar de preço frente ao real no curto prazo, afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros.
Em palestra no seminário “O Agronegócio no Brasil – Economia e Política”, em São Paulo, Mendonça de Barros disse que o cenário é sombrio para os produtores em relação a isso, e o efeito deve ser sentido em 2007, com a queda no superávit da balança comercial brasileira.
O economista disse, porém, que no médio prazo a tendência é que o câmbio melhore, sobretudo se a taxa básica de juros (Selic) continuar a cair. “As questões macro-econômicas nos ensina que devemos estabelecer três agendas, de curto, médio e longo prazos”, disse ele.
No curto prazo, segundo ele, só um socorro financeiro do governo federal ameniza o problema. No médio prazo, o Brasil deve retomar as condições para que o produtor rural volte a ter lucro em seus negócios e volte a ser competitivo no mercado internacional.
Mas é de um agenda de longo prazo que, de acordo com Mendonça de Barros, que o Brasil precisa: investimentos fortes em infra-estrutura, pesquisa e qualidade, garantia de contratos, com a garantia de que as leis sejam cumpridas e um sistema tributário mais justo.