A Associação Comercial e Empresarial de Sinop encaminhou ofício à prefeitura solicitando que sejam reforçadas as fiscalizações em empresas, diurnas e noturnas, que não estão cumprindo as medidas de biossegurança contra a Covid-19. O documento, assinado pelo presidente da entidade, Cleyton Laurindo foi direcionado aos secretários municipais de Saúde, Valério Gobatto, Desenvolvimento Econômico, Klayton Gonçalves, e Finanças e Orçamento, Joselito Backes, além do coordenador da Vigilância Sanitária, Edson Soares da Silva.
No documento, a ACES pede ainda que sejam adotadas as medidas legais cabíveis contra as empresas que estejam descumprindo os protocolos, como por exemplo o uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel, distanciamento social entre mesas e clientes, bem como a redução da capacidade de atendimento, dentre outras.
A entidade citou que “nas redes sociais circulam vídeos que comprovam desrespeito às orientações amplamente difundidas pelo poder público”, assim como pela ACES e Associação de Bares, Restaurantes e Similares. No período noturno bares estão formando aglomerações. Na última terça-feira, por exemplo, alguns exibiram episódio de um reality show e reuniram centenas de pessoas, sendo que poucas usavam máscara.
Com uma cobrança mais contundente, a ACES salientou que “não se pode permitir que a aparente falta de fiscalização configure um desleixo com os riscos da pandemia, bem como em desrespeito com os investimentos e renúncias de receita praticadas pela ampla maioria dos estabelecimentos comerciais nesse momento em que se requer o distanciamento e a redução do número de clientes nos ambientes”.
Também consta no ofício que “a resistência ao cumprimento de normas, por um número limitado e reduzido de empresas, além de provocar risco de agravamento nos índices de contaminação pela Covid-19, gera descontentamento e descrédito entre as empresas que adotam as boas práticas”, pontuou.
Por fim, foi destacado que a associação vem realizando longo trabalho de orientação aos empresários e população. “Entendemos que essa doença vem ceifando a vida de muitos mato-grossenses e que as práticas de prevenção contra a disseminação precisam ser mantidas para evitar atitudes mais restritivas e o consequente colapso em nossa saúde e economia”, completou.
Desde o início da pandemia, Sinop registrou 12.691 casos confirmados de Covid, sendo que 12.262 já estão recuperados e 213 em isolamento. Há 24 pessoas internadas e as mortes totalizam 192, além de duas que seguem sob investigação.
Conforme Só Notícias já informou, o presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Similares, Marcelo Barão, estimou perdas de 50% no faturamento do setor, nos 12 dias em que prevaleceu o toque de recolher, das 23h às 05h, encerrado no último dia 17, com as empresas do setor podendo ficar abertas até às 22h. Considerando que o segmento de alimentação (bebidas) emprega 4.400 pessoas direta e indiretamente e movimenta R$ 15 milhões ao mês, o setor deixou de faturar aproximadamente R$ 7,5 milhões