O Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) acredita que a abertura do mercado canadense para a carne bovina trará benefícios para Estado. O anúncio do início das exportações foi feito pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta segunda-feira. A ministra Tereza Cristina está em viagem oficial ao Canadá para negociar a importação de fertilizantes do país norte-americano.
Na avaliação do Imac, com a ampliação do volume exportado, o setor como um todo é estimulado, movimentando a produção dentro da porteira, nas indústrias e impulsionando a economia local. “O Canadá é um importante mercado consumidor por ter um elevado grau de exigência, tanto com relação à qualidade, quanto com relação à originação do produto, se tornando uma espécie de vitrine para a carne de Mato Grosso”, aponta o instituto.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro, explica que, levando em conta o market share do Brasil para esses dois produtos é possível estimar exportações da ordem de US$ 150 milhões por ano. “Tendo presente que o Canadá não tem imposto de importação para suínos, esse é um mercado que pode ir além do market share brasileiro. No caso de carne bovina, existe uma alíquota de cerca de 26,5% de importação, mas podemos ter acesso àquele mercado via uma quota da OMC de 76,4 mil toneladas, com tarifa de 0%”.
Mato Grosso é o segundo maior exportador de carne bovina no Brasil. Em 2021, as exportações movimentaram uma média de US$ 148,5 milhões por mês. China, Hong Kong e Chile foram os principais destino da Carne de Mato Grosso, com destaque para o Chile, que aumentou em 53% a importação, passando de US$ 94,4 milhões para US$ 145,3 milhões 2020 e 2021.
Este ano, países como Estados Unidos e Egito também passaram a importar mais carne de Mato Grosso. Para o diretor de operações do Imac, Bruno de Jesus Andrade, a diversificação de mercado traz mais valor e segurança para a cadeia como um todo, uma vez que se torna menos dependente e ganha poder de negociação.