Mato Grosso deverá ter um escritório de representação na China para intermediar a comercialização de soja, milho, carne e outros produtos do Estado, assim como a captação de investimento chinês/ As tratativas para a abertura estão em andamento, conforme informações da empresa estatal Desenvolve MT apresentadas, ontem, durante reunião da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa. A China está entre os 3 maiores clientes de Mato Grosso na compra de alimentos.
A reunião extraordinária foi para debater a viabilidade e o andamento da implantação do escritório no país asiático. O potencial de Mato Grosso é imensurável devido à grande produção. O diretor de projetos e prospecção da empresa Desenvolve MT, José Alexandre Gebara, explicou que o governo está em processo adiantado para a instalação de um escritório de representação na China para representar, sobretudo, os pequenos e médios empresários do estado. De acordo com o diretor, existem produtos como pão de queijo, croquete de peixe e leite em pó, produzidos em Mato Grosso, que atualmente são vendidos na China.
“Há dois anos, Mato Grosso vem desenvolvendo um trabalho de relacionamento entre o governo do Estado, o governo da China e investidores para que fosse de fato criada uma estrutura que também fosse uma esteira de exportação de produtos, não se restringindo às commodities tradicionais”, explicou o Alexandre Gebara.
Ainda segundo Gebara, a conclusão depende somente de um trabalho de alinhamento para concretizar a promoção do Estado dentro da China.
O deputado Carlos Avallone (PSDB) também defendeu os trabalhos para a concretização da abertura do escritório de representação e a importância para as pequenas e médias empresas que estão incrementando a produção para abastecer o mercado asiático. Ainda segundo o deputado, os debates terão continuidade dentro da comissão juntamente com os setores produtivos e o governo do estado.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou a possibilidade da realização de parceria entre o governo e a iniciativa privada por meio das associações e federações como da indústria e da agropecuária. “As federações da indústria, do comércio e da agropecuária são entusiastas deste projeto e deverão ser parceiras para a instalação deste escritório, até porque possuem interesse em expandir os negócios”.