O professor Ireneu Bruno Jaeger fez, este mês, o lançamento do seu oitavo livro. “O Rio dos Poetas” é obra de poemas. Divide-se em duas partes: “Poemas Molhados” e “Poemas impregnados de autobiografia”. No Prefácio a escritora, doutoranda Marli Walker, faz uma análise minuciosa dos poemas e conclui com “Meu grande amplexo, professor Ireneu, ao menino, ao homem e ao poeta!”.
O título “O Rio dos Poetas” deve-se ao primeiro poema do livro onde o autor mergulha fundo nas figuras de estilo. Poetando sobre as profissões por que passou, Ireneu vem desde o menino pobre que, de pé no chão, lavrava a terra, passando pela profissão de radialista para chegar àquela que ele chama de “A Profissão Canção” (professor). Como o lançamento praticamente foi na véspera do “Dia do Professor”, ele dedicou o evento aos professores todos. Convidou para a solenidade professores e alunos de várias escolas, inclusive crianças do CAOPA (Centro de Acolhimento, Orientação para Adolescentes).
Só Notícias: “O Rio dos Poetas” é o seu oitavo livro. Como foi que surgiu a vocação de escritor?
Ireneu: “Na verdade escrevo desde o tempo de estudante. No internato tinha minha revista e assinava como Benjamim da Caturra. Por isso meus dois primeiros livros levam esse pseudônimo: “Luzerna” (poemas) e “A Invenção do Garfo” (crônicas e contos). Também escrevi muito em jornais. Ainda em Itapiranga tive meu jornal “Itapiranga em Marcha” que depois passou a chamar-se “Oeste em Marcha”. Também em Curitiba trabalhei com jornal e aqui em Sinop longamente colaborei no Jornal Capital.
Só Notícias: Por que deixou o pseudônimo para assinar com o próprio nome?
Ireneu: Porque percebi que era bem mais conhecido como Prof. Ireneu. É que fui professor de várias escola, diretor da “Escola Nilza de Oliveira Pipino” (duas vezes eleito) e depois professor e coordenador da UNEMAT(também duas vezes eleito). Então achei mais vantagem pôr o próprio nome.
Só Notícias: Cite as obras anteriores a essa última.
Ireneu: “Percorri um pouco os “caminhos” da literatura infantil quando, no Dia da Criança convocamos as crianças (também as grandes) para uma festinha, com direito a prêmios e declamações. O título foi “Para as Crianças da Minha Rua”. A turma gostou e pediu para repetir a dose no ano seguinte. Saiu então o livro “A Rua das Tílias em Festa” em coautoria de minha esposa Isabela. Neste fizemos um levantamento da história de cada um dos moradores.
Só Notícias: E a sua gramática?
Ireneu: “A primeira edição do “Curso Básico de Português” foi através do programa “Curso a Distância” do Prof. Ilário da UNEMAT-Sinop. Com o advento da nova ortografia em final de 2008, fiz nova edição ampliada, já com a nova ortografia e mais um adendo sobre normas de falar em público. Ambas as edições encontram-se esgotadas. A gramática é muito procurada por pessoas que querem fazer vestibular ou concursos, porque apresenta aquelas dúvidas do dia a dia que costumam perguntar nas questões formuladas. Tenho colocado bastantes livros dele em Cuiabá.
Só Notícias: E “O Menino que Apanhava Pêssegos”?
Ireneu: “Foi o seguinte livro meu. São crônicas e contos. Parece que foi o que mais aceitação teve.
Só Notícias: E sua mais recente obra ?.
Ireneu: “No dia 13 de outubro lancei “O Rio dos Poetas”, livro de poemas. Divide-se em duas partes “Poemas Molhados” e “Poemas Impregnados de Autobiografia”. O lançamento foi no anfiteatro da Unemat na abertura do Simpósio de Letras. Saí muito feliz porquanto teve ótima presença. Cheguei a autografar 292 livros. E muitos não puderam esperar dado ao pé de vento que levantou. O local estava magnificamente ornamentado pelo quinto semestre de Letras. Estavam presentes professores doutores da USP e da Universidade da Grande Dourados. A Profa. doutoranda Marli Walker fez um excelente apanhado da obra no seu prefácio. Ela analisou profundamente. Conclui dizendo “Há de soar longínquo na literatura sinopense, mato-grossense e brasileira, o “rarejar das águas deste “Rio dos Poetas”. Meu grande “amplexo”, professor Ireneu, ao menino, ao homem e ao poeta. Domingo de maio em Sinop, com o sol se pondo na Avenida Tarumãs.” (Marli Walker)
O lançamento foi na Unemat-Sinop, (na abertura do Colóquio de Letras) onde Ireneu foi professor de Letras e Coordenador do campus, eleito por duas vezes. A noite transcorreu em grande estilo, com mais de trezentas pessoas presentes. O autor deu 292 autógrafos. Professor Ireneu é aposentado da Universidade do Estado de Mato Grosso e trabalhou como professor em muitas escolas de Sinop, de Cuiabá, de Curitiba e de Santa Catarina, seu estado natal.
O está sendo vendido na Livraria Gracielle, na avenida das Sibipirunas, perto do ginásio de esportes “Pasinha”. E na orelha do livro está escrito “A poesia deveria fazer parte da cesta básica de todas as escolas.” Em vez de comprar livros estrangeiros, dê preferência aos escritores locais!
