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Poeta lança livro Flor do Ingá em maio em Sinop

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O poeta e professor Luiz Renato de Souza Pinto lança, dia 7 de maio, em Sinop, e dia 10 em Tangará da Serra, seu segundo livro: Flor do Ingá. O autor explica que sua primeira obra começou com uma mentira que resultou no livro Matrinchã (1998). A mentira foi por sobrevivência, de um artista que tentava sobreviver no Sul do Brasil para morar em Curitiba. Neste sua empreitada, circulou por mais de 27 Universidades vendendo sua poesia. Mas, para poder entrar nestas escolas teve que contar uma pequena mentira: que estava escrevendo um livro sobre a colonização do Norte de Mato Grosso pelo Sul do país. Após três meses sobrevivendo com o dinheiro das poesias vendidas para os alunos, Luiz Renato resolveu escrever o livro. “Já menti para muita gente, agora preciso escrever este livro”. E foi assim que nasceu Matrinchã, dois anos depois da empreitada pelo Sul.

Por caminhos diferentes, Luiz Renato experimentou para poder escrever sobre esta colonização, quando falava nas salas de aula em busca de dinheiro para a suposta publicação do livro, cujo embrião nascia ali, recorria à memória para nortear a história através de tudo o que sabia sobre a relação entre Norte de Mato Grosso e o Sul do Brasil.

O primeiro livro aborda colonização, o governo Getúlio Vargas, a propriedade, e narra os encontros e desencontros nos descaminhos de um andarilho e um caminhoneiro. Mas, agora, no segundo livro, “Flor do Ingá” a história será contada através da perspectiva de dois personagens secundários em “Matrinchã”: o casal Pedro e Irene, que se conheceram em Londrina, Paraná, no campus da Universidade Estadual, onde cursaram suas faculdades. Ele, história; ela, direito. Casaram-se e foram para o Matrinchã do Teles Pires, norte do Mato Grosso. Ela passou a advogar para latifundiários enquanto ele trabalhava com alfabetização de colonos. Mas isso faz muito tempo. Hoje, ela mora em Sinop, cidade na qual ele espera vê-la e quem sabe compreender melhor tudo o que aconteceu ao longo deste tempo”, revela a orelha do livro.

A obsessão de Pedro por Irene é tamanha que após a separação, ele busca encontrá-la através da Internet, e em todos os rostos só consegue ver o seu. Como o primeiro livro foi baseado em suas primeiras andanças, “Flor do Ingá” também mescla a realidade do que foi vivido para dar vida aos personagens. Luiz Renato enveredou sua própria busca por “encontros” em sites pela Internet, e conheceu diversas mulheres pelo Brasil.

“Chegava nos encontros e contava para elas que eu era escritor e estava fazendo uma pesquisa sobre como funciona esta busca de encontros e pessoas pela Internet para poder trazer isto para o personagem, o Pedro”, explicou Luiz. Foram tantas desventuras para se chegar até “Flor do Ingá” que Luiz considera que com este livro alcançou a maturidade na escrita. A expectativa com o livro é a formação de público, e pretende lançá-lo na cidade de Bom Jardim de Goiás, que não possui biblioteca e nem livraria.

“Depois faremos um lançamento em Chapada dos Guimarães e outro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O livro está na gráfica e deve chegar até o fim do mês, então a expectativa é que o lançamento seja em abril”, contou.

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