Um conflito de terras, marcado por violência e fogo, em uma região remota de Mato Grosso é o enredo do longa “Vale dos Esquecidos”. O filme será apresentado no Festival do Rio 2011 – composto por diversos tipos de produções cinematográficas – que segue até a próxima terça-feira (18), no Rio de Janeiro.
O documentário, dirigido por Maria Raduan, tem cerca de 72 minutos de duração e narra os interesses de grupos rivais, como os índios expulsos de suas terras de origem, posseiros em busca de um novo pedaço de chão, grileiros invadindo propriedades ilegalmente, sem-terras esperando as decisões do governo e os fazendeiros, que brigam para manter suas propriedades.
A ênfase da produção é o desejo do humano pela posse da terra e a vida na Amazônia. O cenário envolve zonas de fronteiras sem lei e as decisões tomadas a força. “Vale dos Esquecidos explora os diversos mundos que existem na fronteira faroeste entre o Araguaia e a bacia amazônica, permeia cada um desses universos com a pretensão de entender a disputa por terra colocando-se no lugar de índios, posseiros, fazendeiros e sem-terra. O documentário confronta o posicionamento de cada um desses grupos, examinando uma parte do país em que a violência se firma como primeiro idioma e o fogo consome uma mata que queima há quase cinquenta anos”, narra a sinopse.
A produção será apresentada em diferentes datas, horários e locais, como amanhã, às 15h15 no Odeon; na quinta-feira (13), às 13h30 na Vivo Gávea 3; às 18h10, na estação Vivo Gávea 1; na nesta sexta-feira (14), no Cinema Nosso, às 17h e, no sábado, às 19h30, no Ponto Cine.