O projeto é considerado ambicioso e promete ser um marco no gênero “terror/ficção” no país. Influenciados pelo seriado americano The Walking Dead, foi ainda este ano que os irmãos Salles, Fernando e Igor Fernandes, que moram há 16 anos em Sorriso, tiveram a ideia de criar o longa-metragem Sáfari Zumbi, que será produzido em Mato Grosso e outros Estados. “É o assunto que está em alta no momento (zumbis). Mas queríamos ir além e nossa estória é baseada também na situação econômica do país. Levamos para dentro do roteiro toda esta situação negativa que acontece hoje. Faremos muitas críticas a diversas camadas da sociedade neste filme”, explicou, ao Só Notícias, Salles.
De acordo com a sinopse divulgada pelos idealizadores, o filme se passa em um país fictício, onde, como forma de controle da população, o governo cria uma pílula capaz de eliminar a fome das pessoas. Só que algo sai errado e boa parte da nação se transforma em zumbi. O caso chama a atenção do mundo e empresas estrangeiras se aproveitam da situação para ganhar dinheiro com safáris, patrocinados por turistas que querem ver a tragédia de perto. Em meio ao caos, um garotinho tenta sobrevir.
Os produtores já têm o roteiro pronto e ainda conseguiram encontrar locações consideradas ideais para produção do longa. No total, mais de 30 pessoas estão envolvidas até o momento. “Vamos filmar nas obras inacabadas da Copa do Mundo, em Cuiabá, São Paulo e Ceará. Hoje são de 30 a 40 pessoas, de várias regiões, contribuindo com o filme. Em setembro, vamos fazer um teste de seleção de elenco. Serão seis atores principais, incluindo estrangeiros, além de 12 zumbis e cerca de 50 coadjuvantes. A intenção é começar a rodar o filme em novembro”, detalha.
Apesar da vontade de produzir o filme, os irmãos ainda esbarram na questão financeira. Com uma despesa estimada em R$ 300 mil, os idealizadores decidiram iniciar uma campanha para arrecadar recursos. “Conseguimos R$ 60 mil em equipamentos. Temos algumas empresas grandes patrocinando. Cerca de R$ 250 mil estão garantidos. O que a gente precisa, atualmente, é de R$ 51 mil para criação dos zumbis, que têm um custo muito alto, porque a maquiagem é produzida com materiais importados”.
A “vaquinha virtual” é feita pelo portal Catarse e as primeiras doações já foram depositadas. “As pessoas que ajudam ganham algo em troca, como um agradecimento nos créditos finais do filme, DVDs, camisetas, entre outros presentes. Além disso, se não atingirmos a meta de R$ 51 mil, o dinheiro arrecadado retorna para os doadores”.
Com experiência em curtas-metragens e participação em festivais nacionais, Salles será o diretor-geral do filme. Igor, por outro lado, trabalhará na codireção, enquanto que Fernando ficará responsável pela fotografia. Tenille Oliveira será diretora de maquiagem.
Outras informações, incluindo fotos e um vídeo promocional, estão disponíveis na página do Safári Zumbi no Facebook.
(fotos: Divulgação – *imagens das primeiras cenas)