Promover a cultura mato-grossense ao inseri-la na programação oficial dos jogos da Copa do Mundo. O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) cobrou, esta semana, uma atitude por parte do governo do Estado para que o cururu e siriri façam parte da receptividade de chefes de Estado, dos turistas, e demais ocasiões, como abertura dos jogos. Pinheiro vai oficializar o pedido junto ao governador Silval Barbosa para que a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) possa avaliar a proposta.
“Temos que aproveitar esse momento no qual Mato Grosso será palco de um grande evento esportivo e temos que enaltecer as nossas tradições culturais. É preciso mostrar para o mundo as belezas do povo cuiabano”, argumentou. Com o objetivo de amadurecer o debate sobre o assunto, o parlamentar comentou que esteve reunido recentemente com a Federação Mato-grossense de Cururu e Siriri para ter conhecimento sobre o setor cultural.
Segundo o deputado, o governo deve chegar a um acordo com a Fifa para ajustar a programação cultural durante o Mundial, que será realizado a partir do dia 13 de junho, em Cuiabá. “No caso da Bahia, que também sediará os jogos da Copa, os turistas de modo geral são recepcionados e recebem as bênçãos das tradicionais baianas. Por aqui temos a reza cantada, um costume do povo pantaneiro. É preciso valorizar aquilo que temos de mais rico da nossa cultura do Estado, as nossas tradições”, justificou o parlamentar.
Cururu e Siriri são duas manifestações folclóricas típicas da região pantaneira que fazem parte da cultura popular de Mato Grosso. Tradições seculares de origem indígena, popularizadas nas zonas rurais e ribeirinhas. Siriri é a dança acompanhada por cantoria, com influências indígenas e africanas. Já o Cururu são rimas, com origem em manifestações religiosas populares. Ambas têm como principal instrumento a viola de cocho.