sábado, 7/setembro/2024
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Perdão, italianos

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Como se já não bastassem os nossos assassinos, passamos a abrigar mais um, esse Cesare Battisti, graças ao arbítrio do então Ministro da Justiça, Tarso Genro e do então Presidente Lula, no apagar das luzes(?) de seu governo. O mesmo arbítrio usado no sentido oposto, para mandar de volta à ditadura castrista dois atletas perseguidos políticos, que desertaram da delegação cubana nos jogos pan-americanos do Rio. E a Justiça brasileira nem passou por perto: os dois foram presos e embarcados num avião venezuelano.
   
Pois o senhor Battisti, condenado em todas as instâncias nos tribunais italianos – no país berço do Ius Romanum, de indispensável estudo das nossas faculdades de Direito. Foragido na Franca, refúgio de perseguidos políticos, foi extraditado, com sentença confirmada  pelo Tribunal Europeu. Qual a saída? Fugir para o Brasil, ora bolas! Entrou aqui com passaporte falsificado, o que neste país sem princípios não lhe tira o direito de conseguir visto de permanência, por incrível que pareça.
   
No primeiro julgamento do caso, o Supremo decidiu que estava configurada a extradição pedida pelo governo italiano, uma vez que os crimes cometidos por ele foram comuns e não políticos, não caberia, portanto, o título de refugiado que Battisti ganhara do Ministro Tarso Genro. O Supremo, então, desconstituiu o título de refugiado e disse que se ele é cidadão de outro país, foi condenado por crimes comuns, então cabe a extradição. Só que quem decide extradição é o chefe de estado, o Presidente da República. Que negou a extradição nas últimas horas de poder, em 31 de dezembro – certamente isso significa alguma coisa.
  
Nada mais eloquente: o Chefe de Estado do Brasil faz uma banana para a democracia italiana, para a Justiça italiana, para o povo italiano, vítima de gente como Battisti. Lula e Genro, ao premiarem Battisti com o título de perseguido político afirmam que o regime democrático e as instituições e garantias não funcionam na Itália. A época de Mussolini acabou em 1945. Querem convencer a quem? Scusateci italiani!

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