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Florestas e índios

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Alexandre Garcia

O Presidente do Brasil falou ontem na ONU respondendo a uma campanha antibrasileira, que tem focado em desmatamento e genocídio indígena. Foi curto, conciso, denso, objetivo e claro. Deu uma boa invertida nas falsidades, em geral difundidas na Europa e Estados Unidos, por agentes dos inconformados que ficaram sem as oportunidades de parasitar no dinheiro público.

Da tribuna da ONU, o Presidente explicou que mantemos dois terços da vegetação dos tempos de Cabral e 84% da floresta amazônica. Poderia comparar Brasil e Europa antes de Cabral e agora. Mil anos atrás, o território hoje brasileiro, detinha uns 10% das florestas do mundo e a Europa Ocidental, cerca de 7%. Pois hoje, segundo dados da Embrapa Territorial, a Europa tem meros 0,1% das florestas do planeta e o Brasil quase 30%. Não que não tivéssemos desmatado, mas o restante do mundo desmatou bem mais que nós. A Europa tem a aprender com o Brasil e sua história não lhe permite nos dar lições.

Quanto aos índios, o Presidente afirmou que temos reservas de 110 milhões de hectares, quase 14% do território nacional e bem mais que os 8% do solo ocupado com agricultura. Calcula-se em 1 milhão de brasileiros de etnias nativas. Já os americanos, para 3,5 milhões de indígenas, reservaram apenas 3% de seu território – boa parte em deserto. E seria maldade se o Presidente comparasse o General Custer com o Marechal Rondon. Por aqui, a história é de integração e miscigenação étnica. É bom lembrar que a Polícia Federal derrubou uma a uma as falsas denúncias assassinatos de índios, que políticos e artistas alardearam.

Para mostrar a realidade, o vice-presidente Mourão já fez duas viagens à Amazônia, levando 20 embaixadores, a maioria de países europeus. As narrativas de ONGS cheias de dinheiro, de certas lideranças religiosas, que encontram eco na militância midiática, querem, no fundo, enfraquecer a soberania nacional sobre a Amazônia, onde estão 94 milhões de hectares de terras indígenas e uma riqueza mineral e biológica gigantesca. O discurso na ONU, como anunciado nas primeiras linhas, foi diferente do que tem sido divulgado na mídia e reafirmou nossos compromissos com o meio ambiente no agro, na indústria, na produção de energia, no turismo e no saneamento – e a vontade de defender e preservar o que é de nossa responsabilidade.

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