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Dois mandamentos

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Quem leu A Revolução dos Bichos(Animal`s Farm), do socialista George Orwell, o criador do Big Brother(o irmão mais velho) do 1984, sabe que a tal revolução é uma parábola da revolução soviética, em que os bichos assumem o controle da fazenda e estabelecem mandamentos. Pois tomando emprestada a idéia e depois de ver e ouvir o seriado de depoimentos de dirigentes da Odebrecht, entendi que tudo o que contam estava regido por dois mandamentos:

1º Mandamento: Quem não recebe caixa dois não ganha eleição

2º Mandamento: Quem não paga caixa dois não ganha contrato

Assim foi por 30 anos, segundo o chefão Emílio Odebrecht. Políticos de esquerda que pregavam a revolução socialista nos palanques e vociferavam contra o capitalismo, assim que saíam dos palanques íam conviver com os maiores capitalistas do país(à exceção dos banqueiros), os empreiteiros, para pedir dinheiro que lhes permitisse pagar os marqueteiros que os levariam aos palanques físicos e eletrônicos, para convencer a massa que o socialismo é a salvação para a injustiça social.

Os empreiteiros, que não imprimem dinheiro, tinham que tirar de algum lugar. Então adicionavam o que pagavam aos políticos, às faturas apresentadas aos governos e às estatais. Custavam mais caro, então, os combustíveis, a eletricidade, a água, por causa dos custos da Petrobrás, das hidrelétricas, das obras de água e saneamento. O dinheiro dos impostos fartos, então, ficava mais curto para a prestação dos serviços de educação, saúde, segurança, saneamento, estradas… E passaram a faltar escolas, hospitais, UPAS, ambulâncias, segurança e asfalto.

Então se constata algo terrível. Os que sofrem com a falta de recursos para serviços públicos e com o custo mais caro da energia são os mais pobres, que não têm alternativa. E como os mais pobres são maioria, são eles que elegem e são os mais enganados pelas milionárias campanhas eleitorais e depois discursos falsos dos populistas. Esses, os demagogos que pregam a revolução contra o capital, foram flagrados agora pela Lava-jato, repetindo a cena final do livro de Orwell, em que porcos e fazendeiros “exploradores” confraternizam numa grande festa em que os outros animais, enganados, ficam de fora. Espiam, apenas, e não conseguem distinguir homens e porcos, unidos da exploração dos que ficaram de fora.

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