O IBGE mostra que crescemos apenas 1,1% em tudo que produzimos, no ano passado. Foi um desempenho menos significativo que em 2017, quando revertemos a recessão recordista em 1% de crescimento do PIB. Nos dois últimos anos da economista Dilma, o país perdeu 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. Com mais dois anos daquele desastre, seríamos uma Venezuela. Em sete anos, caímos de sexta economia do mundo para nona. O estado brasileiro, em seus três níveis e nos três poderes, tem sido um freio de mão puxado, a atrapalhar o crescimento, o investimento, o emprego. Quando maior o estado, menor o país.
Desde 2008, o estado brasileiro – União, 27 estados, 5.570 municípios – gasta consigo mesmo, com seu custeio, tudo que arrecada. Pagamos impostos – a maior carga entre os emergentes – apenas para sustentar o estado. Vivem às custas do estado 92.700.000 brasileiros – 44% da população e 54% da força de trabalho. Em 2017 eram 77 milhões de pessoas na Bolsa Família, seguro-desemprego, abono, INSS, LOAS, Renda Mensal Vitalícia – número que dobrou nos governos do PT. Somem-se os funcionários públicos e militares, inclusive os aposentados, teremos mais 15,7 milhões de pessoas(com renda superior à média) e chegamos aos 92,7 milhões de dependentes do estado. Como crescer para reinvestir e empregar?
Quanto somos na força de trabalho? Os brasileiros acima de 14 anos são 170,7 ,mas só 33 milhões têm carteira assinada. Há 12,7 milhões de desempregados. A indústria opera abaixo de sua capacidade. A Ford fecha fábrica, espantada por ações trabalhistas e sindicatos. Os benefícios sociais estão inchados por fraudes. O mesmo acontece com contracheques em que o teto salarial de 39,2 mil no serviço público virou ficção há muito tempo. As aposentadorias públicas criaram um apartheid em relação aos aposentados comuns. O déficit da Previdência afunda o país em gigantesca dívida pública.
Por isso, uma nova Previdência não é apenas necessária; é vital para evitar o caos. Deputados e senadores não farão favor algum em criar uma nova Previdência, porque isso é obrigação para com seus mandantes, que os nomearam pelo voto e os sustentam pelos impostos. Mas só Previdência não basta; é preciso que os legisladores também reformem os tributos, para diminuir os impostos em número e tamanho. Aliás, deveriam começar reformando seus próprios gabinetes, que abrigam multidões de assessores. A renovação de outubro trouxe uma boa leva de gente que prometeu desestatizar, o que significa enxugar o estado todo, para que ele seja útil nos serviços públicos de educação, saúde, segurança, justiça, infraestrutura. O novo Ministério da Economia tem uma Secretaria Especial de Desestatização. Que consiga diminuir o estado para que o país cresça.