Enfim, temos a CPI para investigar o Presidente. Renan Calheiros é o relator, Jáder Barbalho o primeiro suplente o Presidente é o Omar Aziz. Insuspeitos vão investigar o Grande Suspeito. Entre os gerontes do senado, houve o cuidado de escolher os de passado ilibado. O objetivo real é tentar evitar que Bolsonaro seja reeleito. A pauta já estabeleceu que devem comprovar que o Presidente é um genocida que matou gente, empregos e empresas. A tese já está pronta; só falta convencer o povo. Afinal, provas nem são necessárias. Com o aval do Supremo, até provas ilícitas pode, se forem amplamente divulgadas e não forem contestadas, como ensinou a Barroso o Ministro Lewandowski.
A CPI se instala depois de uma semana de novas agressões à Constituição. Depois de o Supremo, governadores e prefeitos passarem um rolo compressor em direitos fundamentais do pétreo art. 5, 24 governadores ignoraram o art. 84 e propuseram acordos com o Presidente Biden. Os Estados Unidos já tiveram 13 colônias, agora se ofereceram 24.
Também na semana passada Fachin prorrogou por 60 dias a investigação de que Renan teria recebido 32 milhões e Jáder 4,3 milhões, segundo depoimento do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado(MDB). Esta semana, o Presidente inaugurou asfalto novo na Bahia, e era um pavimento muito espesso – não havia sido retirada a maior parte para propina. Aí, cai a ficha: fechado o propinoduto, é preciso livrar-se de quem fechou a cornucópia. Afinal, na tese de Lewandowski a Barroso, combater a corrupção dá mais prejuízo ao país que o que o dinheiro público que se recupera.
Na véspera da CPI, a PGR ofereceu denúncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, e mais 17 pessoas. Desvios em contratos de respiradores. Aí se entende que “ficar em casa até ficar com falta de ar” é para justificar contratos de respiradores. Tratamento imediato deve ser combatido, porque não gera respiradores. O remédio é baratinho e tão antigo que já nem paga patentes, por isso a narrativa ganha a companhia de laboratórios. Taí um bom tema para a CPI, se decidir rejeitar palanque eleitoral e respeitar a memória dos que foram sacrificados.