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Baste ter juízo

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Alexandre Garcia

Com toda vira-latice que nos envergonha, pelo trabalho e inteligência vamos superando o destino que os atrasados e preguiçosos querem nos impor. Querem eliminar o mérito porque não suportam inferioridade autoinflingida. Vamos aos fatos. A FAO, órgão da ONU para alimentação e agricultura, acaba de reconhecer que somos o 3º exportador do mundo de produtos agrícolas. O primeiro é a Comunidade Europeia. Se fossem considerados os países europeus em separado, estaríamos em segundo lugar, logo abaixo dos Estados Unidos. Isso sem ter o Mississipi para escoar quase tudo, sem ter o metro de húmus da Argentina, sem ter porto eficiente nem armazenamento suficiente e transportando de caminhão! Sem contar o preconceito contra o agronegócio e as ameaças da esquerda radical. Da terra, comida e divisas. Esses brasileiros merecem mais atenção.

Contra tantos fatores contrários, ainda conseguimos surpreender no último mês de medição de crescimento econômico: esperavam até uma queda de 0,67% e o resultado de julho foi positivo em 0,57%, uma diferença de mais de 1% para melhor. Isso com todas as inquietações eleitorais e com uma especulação sobre o dólar de mais de 25%. Somos um país de gente surpreendente. Isso não é fruto do acaso; é porque há gente trabalhando muito, juntando cérebro e braços. A Constituição de 88, que vai completar 30 anos é um marco: antes dela, a média de crescimento do PIB era de 5% ao ano; depois dela, caiu para menos da metade disso. Como diagnosticou Roberto Campos, “a Constituição, promete-nos uma seguridade social sueca com recursos moçambicanos”. A Previdência explode em déficits sucessivos, a carga fiscal teve que subir para sustentar o estado cheio de gastos, e o crime decolou, cheio de direitos. E, ainda assim, sobrevivemos. Que povo resistente !

País do futuro que nunca chega, agora nossa esperança afunda, literalmente. Vai a 7 mil metros de profundidade no oceano brasileiro no nosso “pre-sal de ouro”, como se referiu O Globo de domingo(pás.31). Vamos ter a mais importante fronteira petrolífera do mundo – mais que o xisto americano, a recuperação secundária do Texas, a produtividade do Golfo do México, o petróleo do Mar do Norte, que enriqueceu a Noruega, porque conseguimos, graças à tecnologia, derrubar os custos de extração para abaixo da média mundial. E ainda estamos desenvolvendo idéias para as profundezas, como duto sob-medida para as nossas condições, réplica digital e dinâmica para a produção no mar, inteligência artificial, robôs e óculos de realidade virtual e computação quântica. Esses somos nós.

Se tivermos juízo, no fim do próximo governo teremos saltado de 2,4 milhões de barris/dia para 3,6 milhões. O Rio de Janeiro estará recebendo 100 bilhões de reais/ano de royalties. Imaginem os acréscimos na escala econômica: fornecedores, geradores de emprego. Só que a corrupção, que tanto prejudicou a Petrobras, tem que ser banida, assim como o atraso ideológico. A Venezuela é rica em petróleo e hoje o socialismo distribui miséria e falta de liberdade.

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