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A bandeira no carro

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Já botei a Bandeira do Brasil no carro, para este segundo turno. Na minha casa ela sempre está no alto do mastro. No carro, ela está  em ocasiões especiais, como na Semana da Pátria. Ela é a bandeira do nosso país, que representa todos nós. Nunca gostei daquele uso menor, de confundir a bandeira do meu país com a flâmula de um time de futebol, como aconteceu durante a Copa. Bandeira do Brasil é o símbolo máximo nacional e merece respeito. Eu a saúdo, quando a reencontro com os olhos, pela manhã, no mastro do ponto mais alto de minha casa.

Assim como fui votar no primeiro turno com a bandeira no carro, ela já me acompanha nestes dias decisivos para o futuro do país de nós todos. Não são cores de partido; ela está bem acima das bandeiras partidárias. São as cores da Nação que nunca antes na história deste país foi massacrada por uma decadência tão aviltante.  Decadência moral e econômica. Uma destruição, uma desmontagem de tudo, como nunca vi, nos meus 73 anos. Agora é um desses momentos em que cada um de nós precisa decidir o que quer do país; que futuro cada eleitor antevê para si, para os filhos, netos e para seus irmãos brasileiros.

E o momento da decisão precisa vir bafejado pelas cores do pendão da esperança. Já não pode servir a um povo de mortalha, como a que drapejava no mastro do Navio Negreiro. É essa inspiração que busco, e sugiro, ao hasteá-la no alto de meu carro, sacudida pela velocidade do vento para sacudir as consciências e os espíritos. Não falo em candidatos, mas sei que são dois. E terá que ser um ou outro. Não pode haver a alienação do branco, do nulo ou da abstenção. Não pode haver a covardia de Pilatos na eleição decisiva. No Inferno de Dante, os lugares mais quentes são reservados aos que escolheram a neutralidade em momentos de crise.

A Bandeira está posta. Para ser honrada; não para ser manchada por corrupção, mentira, incompetência, engodo e fingimento de democracia. Ela se santificou com o sangue dos que morreram no Paraguai e na Itália. Foi sangue que a purificou. A que foi consagrada no sangue não pode ser manipulada por mãos cheias de lama da decadência da política e da ética. Por isso, ela tremula com o bafejo da esperança no alto de meu carro.

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