O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária constatou que houve recuo mais intenso na demanda de carne bovina no Estado, nos primeiros quinze dias do mês, chegando a 29,73% ante o mesmo período de março. “Mesmo com a continuidade de exportações para a China, principal cliente mato-grossense, o volume não chega a equilibrar a demanda no consumo interno, visto que 75,80% do destino da carne de Mato Grosso é no mercado interno. Não foi informada a quantidade vendida para os chineses este mês.
“Além disso, já se verifica pelas exportações semanais do país (dados do ministério de Indústria e Comércio) que os envios internacionais perderam o ritmo em abril”, mas “os preços na ponta da cadeia permaneceram praticamente estáveis na semana passada, tanto no atacado quanto no varejo, ainda com a maior procura por cortes dianteiros”, menciona o instituto.
As consequências da pandemia atingiram diretamente as atividades de sete frigoríficos no Estado que, de acordo com o IMEA, ainda estão parados. As escalas de abate continuam desconfortáveis para a indústria, uma vez que ainda permanecem nos patamares dos 5 dias.
“Outra movimentação (mesmo que fraca) que iniciou no Estado foi a das negociações de animais de reposição, principalmente de bezerro desmama e garrote, pois os produtores estão em um momento decisivo para o confinamento”.