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USDA estima safras globais de soja e milho menores

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe, esta tarde, seu novo boletim mensal de oferta e demanda confirmando a redução dos estoques finais da safra velha e aumentando as exportações norte-americanas. Os estoques finais foram estimados agora em 11,84 milhões de toneladas, contra a expectativa média de 11,95 milhões, e dentro de um intervalo esperado de 11,35 e 12,68 milhões de toneladas.

Já as vendas para exportação foram revisadas para cima e agora projetadas em 55,79 milhões de toneladas, contra o número anterior de 55,11 milhões. No entanto, o volume ainda está distante do total já comprometido pelo USDA que passa de 56,6 milhões de toneladas. O esmagamento interno foi reduzido para 52,8 milhões de toneladas.

Além disso, o USDA ainda elevou sua estimativa para as importações de soja da China de 88 para 89 milhões de toneladas.

A produção mundial da oleaginosa foi também revisada para cima, passando de 345,97 para 348,04 milhões de toneladas, o que elevou os estoques finais globais para 90,14 milhões, contra 87,41 milhões do mês anterior.

O departamento trouxe a safra brasileira em 111,6 milhões e a argentina em 57 milhões de toneladas, contra 111 e 56 milhões, respectivamente, no relatório anterior. Os estoques finais do Brasil subiram para 23,2 milhões de toneladas e os da Argentina para 31,65 milhões.

Safra 2017/18

O USDA trouxe ainda os primeiros números oficiais esperados para a safra 2017/18. A produção de soja foi estimada em 115,8 milhões de toneladas, número que vem bem em linha com a expectativa média do mercado de 115,56 milhões. Ao se confirmar, a colheita americana seria 1,21% menor do que a anterior.

A produtividade foi projetada em 54,45 sacas por hectare, uma redução de mais de 7% em relação à temporada 2017/18, a área plantada em 36,22 milhões de hectares e a colhida em 35,86 milhões. O aumento, ao se comparar com a safra 2016/17, é de mais de 7%.

As exportações da nova temporada deverão somar 58,51 milhões de toneladas – 6% a mais do que na safra velha – e o esmagamento interno da oleaginosa, 53,07 milhões. O residual foi estimado em 930 mil toneladas e as importações em 680 mil.

No quadro mundial, é esperada uma redução de 0,97% na produção de soja para 344,68 milhões de toneladas, contra 348,04 milhões da safra 2016/17, com os estoques finais, portanto, baixando de 90,14 milhões para 88,81 milhões de toneladas, um recuo de quase 1,5%.

Na demanda, uma expectativa de 93 milhões de toneladas importadas pelo China, 58,51 milhões exportadas pelos EUA e 63,5 milhões pelo Brasil.

Safra 2016/17

No caso do milho, poucas mudanças foram observadas para a safra 2016/17. Os estoques finais americana vieram estimados em 58,3 milhões de toneladas, contra 58,93 milhões de abril e abaixo da expectativa média do mercado de 59,11 milhões. As exportações dos EUA foram mantidas em 56,52 milhões e o uso do cereal para etanol em 138,44 milhões de toneladas.

Em contrapartida, a produção mundial subiu de 1.053,24 bilhão para 1.065,11 bilhão de toneladas, e os estoques finais de 222,98 milhões para 223,9 milhões de toneladas.

A safra brasileira também cresceu e passou para 96 milhões de toneladas e a da Argentina para 40 milhões. No reporte de abril, os números eram de 93,5 milhões e 38,5 milhões de toneladas.

Safra 2017/18

A produção norte-americana de milho deverá ser 7,15% menor do que a anterior e é estimada em 357,27 milhões de toneladas. A baixa é resultado de uma produtividade 2,23% menor – de 180,67 sacas por hectare – e de uma redução de mais de 4% nas áreas plantada e colhida, projetadas em 36,42 e 33,35 milhões de hectares.

Há ainda uma severa baixa de mais de 15% na projeção das exportações de milho dos EUA, as quais deverão ser de 47,63 milhões de toneladas na safra nova.

O USDA acredita ainda em uma produção global de milho 2,95% menor do que a anterior, de 1.033,66 bilhão de toneladas, e uma baixa de 12,79% dos estoques finais globais, para 195,27 milhões de toneladas.

Para o Brasil, estimada uma colheita 2017/18 em 95 milhões de toneladas e exportações em 34 milhões e, para a Argentina, uma safra de 40 milhões e exportações de 28,5 milhões de toneladas.

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