Utilizada pelos agricultores para limpeza e preparo do solo antes do plantio, a queimada pode causar danos bem maiores que vantagens buscadas pelos produtores rurais. Além de eliminar nutrientes essenciais às plantas, as queimadas trazem uma série de prejuízos à biodiversidade, à dinâmica dos ecossistemas e à qualidade do ar.
Por esses motivos, o Ibama, por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), desenvolve ações de estímulo às alternativas ao uso do fogo na agricultura. Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), funcionários do órgão ensinam técnicas aos produtores rurais para substituir as queimadas.
O trabalho é feito de duas formas: pela implantação de unidades demonstrativas de alternativas ao uso do fogo e pelo estabelecimento de protocolos municipais. A iniciativa atinge não apenas a família da propriedade, mas toda a comunidade rural e outras de seu entorno. Assim, os agricultores diretamente envolvidos atuam como multiplicadores das técnicas.
No site da Embrapa é possível conferir os detalhes de cada uma dessas formas de plantio sem utilização do fogo. Além disso, o produtor também pode entrar em contato com a empresa para receber orientações de como realizar as técnicas. Os protocolos municipais, por sua vez, são acordos firmados entre prefeituras, instituições locais e comunidades rurais nos quais todos se comprometem a agir buscando a redução do uso do fogo na região.
Para os casos específicos, em que não há alternativa a não ser a queima, a Embrapa adverte que é indispensável seguir a legislação vigente, que inclui autorização dos órgãos competentes, além de se tomar as devidas precauções no momento de realização da atividade de queima.