Com a semeadura da nova safra, que passa dos 25% da área destinada no Estado, os custos de produção da temporada foram consolidados. Na comparação com o ano passado, o custo total aumentou R$ 290,77/hectare, ou 7,44%. Os principais componentes que impulsionaram este valor foram os defensivos e o custo de oportunidade, que se elevaram devido ao aumento do dólar e da soja em grão, respectivamente. A análise é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
“Como os agricultores adiantaram as compras de insumos no ano passado (prin-ipalmente fertilizantes), as negociações foram propícias no fechamento das contas neste ano. A explicação para isso é o dólar, que nos últimos 12 meses valorizou 32,12% (Ptax-Bacen), ou seja, caso o produtor deixasse para adquiridos insumos recentemente, ocorreria uma inflação nos custos. Sabendo que isso pode voltar a ocorrer na próxima safra e buscando aproveitar os preços da soja em alta, o agricultor começa a adiantar as compras para o ciclo 2021/22, que apresenta 18,74% dos insumos já negociados, um recorde”, conclui.
O preço da soja disponível no Estado teve novo patamar histórico, semana passada, quando fechou em média de R$ 159 a saca. Ano passado, no mesmo período, o preço médio era R$ 75,04.