O mercado internacional da soja testou uma ligeira realização de lucros na manhã desta quarta-feira, porém, voltou para o lado positivo da tabela na tarde de hoje, encontrando fôlego na situação preocupante da safra argentina. O excesso de chuvas continua reduzindo o potencial da temporada 2016/17 e dando espaço para as cotações consolidarem novos e melhores patamares na Bolsa de Chicago, segundo explicam analistas e consultores.
Por volta das 13h45 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam pouco mais de 3 pontos, levando o maio/17, referência para a safra brasileira, a mais uma vez, superar os US$ 10,80 por bushel. No acumulado do ano, as posições março e maio/17 já acumulam um ganho superior a 7% na CBOT.
Ao lado de um dólar de volta à casa dos R$ 3,20, as referências nos portos do Brasil também sobem. A moeda americana, perto de 14h, subia 0,08% – com ganhos mais expressivos registrados mais cedo – e era negociada a R$ 3,215.
As referências observadas nos portos brasileiros já são melhores, e atuam agora na casa dos R$ 82,00 por saca, para maio e junho. O movimento, no entanto, motivou os vendedores a revisarem seus alvos para voltar às vendas.
“Com patamares mais fortes e alguns negócios comentados, boa parte dos produtores voltaram a posicionar suas intenções de vendas em valores maiores, na casa dos R$ 85,00. Na semana passada, víamos os preços nos portos na casa dos R$ 80,00 e, como este nível foi atingido, os vendedores elevaram seus interesses e seguraram boa parte dos negócios”, diz o consultor. “E a tendência é de que o produtor não venda agora, ele deve continuar segurando suas vendas”, completa.
Fonte: Notícias Agrícolas