A previsão de dias mais quentes e secos no Meio-Oeste americano deu força para um início bastante positivo para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. As cotações subia, por volta das 7h25 (horário de Brasília), entre 21,50 e 24 pontos entre as principais posições, as quais já superavam todas os US$ 10,20 por bushel. O vencimento novembro, que é o driver do mercado, valia US$ 10,37 na manhã desta segunda-feira. Os mercados vizinhos acompanham as altas e os preços do milho alcançam suas máximas em 1 ano na CBOT.
“As previsões estendidas mostram clima quente e seco até o final de julho para o lado oeste numa abrangência maior incluindo o oeste de Iowa, o que certamente fará com que o mercado coloque agressivamente mais prêmio nos preços em CBOT a medida que o potencial de produtividade declina. Os dois modelos principais reduziram mais ainda as chuvas para os próximos 10 a 14 dias”, explica o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.
Os mapas do NOAA para os próximos 6 a 10 dias, atualizados neste domingo (9), seguem mostrando as temperaturas bem acima da média para este período do ano, tal qual chuvas abaixo do esperado para a época. As condições, portanto, não são favoráveis para as lavouras americanas, que entram em fase de desenvolvimento no Corn Belt.
Além disso, essas previsões seguem estimulando uma mudança dos fundos em suas posições, os quais estão, ainda segundo informações apuradas pela Labhoro, vendidos em algo enrre 85 e 95 milcontratos de soja. “Esta posição vendida dos fundos pode ser um estopim nos preços se os mesmos resolverem jogar a toalha e reverter suas posições short para long”, completa Sousa.
Nesta segunda-feira, no final do dia e após o fechamento do mercado, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras e a expectativa é de que seja reportado um novo declínio no índice de condições da soja em boas ou excelentes condições na casa de 2 a 3 %.