O pregão desta terça-feira foi positivo aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da oleaginosa ampliaram os ganhos ao longo do dia e encerraram a sessão com altas de mais de 16 pontos. Os vencimentos registraram valorização de mais de 1,5%.
O vencimento março/18 era cotado a US$ 9,86 por bushel e o maio/18 operava a US$ 9,97 por bushel. As posições mais longas retomaram o patamar de US$ 10 por bushel, com o julho/18 a US$ 10,07 por bushel. “Com o clima seco ocorrendo na Argentina, colocando mais pressão sobre a cultura no país, o mercado internacional responde positivamente”, ressaltou o Agriculture.com.
As previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima seco ao longo da semana nas principais regiões de produção no país. Porém, os modelos climáticos já indicam precipitações a partir da próxima semana na Argentina. “Mas se as chuvas não chegarem, a safra poderia sofrer os efeitos e cair para 40 milhões de toneladas de soja nesta temporada”, disse Eduardo Sierra, o principal assessor climático da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
Em sua última projeção, a entidade estimou a produção de soja em 51 milhões de toneladas neste ciclo.
Mercado interno
A terça-feira foi de ligeiras valorizações aos preços da soja praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a cotação subiu 2,10% em Ubiratã (PR), com a saca a R$ 63,30. Na região de Sorriso, o ganho foi de 3,77%, com a saca a R$ 55.
Em Cascavel (PR), a saca subiu 1,61% e terminou o dia a R$ 63. Já em Rio Verde (GO), a valorização foi de 1,72%, com a saca a R$ 59. Em Assis (SP), a alta foi de 0,95%, com a saca de soja a R$ 63,80.
Nos portos brasileiros o dia também foi positivo. Em Paranaguá, a saca disponível subiu 0,69% e encerrou a terça-feira a R$ 72,50. No terminal de Rio Grande, o valor disponível apresentou alta de 1,39%, com a saca a R$ 73. O valor futuro ficou em R$ 74,20, com ganho de 1,37%.
O foco dos participantes do mercado segue no andamento da colheita da soja no país. E o clima contribuiu para o avanço dos trabalhos nos campos em muitas regiões produtoras na segunda quinzena de janeiro, conforme reportou o Cepea.
“Fator que fez com que os preços recuassem. A queda nos preços domésticos se deve também à desvalorização do dólar frente ao real, cenário que retraiu os produtores e limitou as exportações. Os negócios ainda seguem pontuais”, informou a entidade em nota.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2461 na venda, com queda de 0,03%. Depois de subir quase 1% no início do pregão, o câmbio perdeu fôlego influenciado pela recuperação das bolsas norte-americanas depois da queda no di anterior em meio à perspectiva de maior aperto monetário nos Estados Unidos.