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Soja sobe em Chicago e leva safra nova a R$ 81,50 em Rio Grande

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Na sessão desta terça-feira, o mercado da soja retomou seus negócios pós feriado nos EUA com espaço para novas e boas altas e dá continuidade a este movimento na tarde de hoje. As posições mais negociadas subiam, por volta de 13h10 (horário de Brasília), entre 23,25 e 26,75 pontos, com o contrato maio/17 – referência para a safra do Brasil – valendo US$ 10,82 por bushel. O março/17, que passa a ser o primeiro agora, era negociado a US$ 10,73 e o julho/17 a US$ 10,86.

O expressivo avanço das cotações internacionais já reflete diretamente na formação dos preços no Brasil e o valor no porto de Rio Grande, com referência para julho, já chegava a R$ 81,50 por saca, registrando uma alta de 1,75% em relação ao último preço, da sexta-feira (13), quando foi a última referência de Chicago antes do retorno hoje. No spot, o indicativo é de R$ 79,00 por saca.

As melhores referências na CBOT têm mais força e superam a baixa do dólar frente ao real que, nesta terça, chegou a se aproximar de 1% com a intervenção do Banco Central, e permitem essa reucperação dos valores nos terminais do país. Perto de 13h15, a moeda americana cedia 0,67% e era cotada a R$ 3,217, porém, mais cedo, chegou a perder, mais uma vez, o patamar dos R$ 3,20.

“O Banco Central agiu para preservar a segurança do mercado e dar mais tranquilidade aos agentes diante dos fatos externos”, destacou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva à Reuters.

Enquanto isso, segue crescendo o lineup da soja no Brasil e o total deste ano já supera 2016. Segundo informações da Agrinvest Commodities, “a fila de navios para carregar soja nos portos brasileiros bate 2,2 milhões de toneladas, um crescimento de 860 mil toneladas na semana. No ano passado, nesse mesma épcoa, o lineup estava em 2,03 milhões. Do total, a China responde por 939 mil toneladas”.

Em Chicago, os ganhos, segundo explicam analistas internacionais, se dão sobre essa baixa do dólar, que além de recuar frente ao real, cai também diante de uma cesta de moedas, com as adversidades climáticas na Argentina e mais os fundos voltando à ponta compradora do mercado. Na tarde de hoje, a baixa do dollar index passava de 1%.

O excesso de chuvas na Argentina segue preocupando os importadores, bem como dando sustentação às cotações na CBOT. O país é importante exportador de farelo e óleo e as perdas com o grão – já estimadas em 5 milhões de toneladas – ganham cada vez mais expressão entre os negócios.

“As chuvas do último final de semana ficaram acima das expectativas, com algumas áreas recebendo volumes bastante elevados, e as precipitações mantiveram as preocupações para o centro de Santa Fe e o norte de Buenos Aires”, informou o portal Agrimoney, com dados do MDA Weather Service. Já para esta semana, porém, mais a diante, está previsto um tempo um pouco mais seco, o que poderia aliviar esta tensão.

Nesse quadro, os fundos investidores voltam a tornar-se compradores, ainda segundo explicam os analistas internacionais, motivados também pelos últimos ajustes feitos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu reporte mensal de oferta e demanda divulgado no último dia 12. O boletim trouxe um corte tanto na safra norte-americana, quanto em seus estoques finais e motivou bons ganhos na última semana.

“Os estoques ainda são elevados, porém, por virem menores, indicam a importância da produção da América do Sul”, diz, em nota, a consultoria Water Street Solutions.

Fonte: Notícias Agrícolas

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