O rally dos preços da soja continua na sessão desta sexta-feira na Bolsa de Chicago. Após fechar com ganhos de mais de 10 pontos ontem, os futuros da commodity, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 7,25 e 9 pontos nas principais posições. Assim, o maio/18 já tinha US$ 10,76 e os contratos julho e agosto/18 superavam os US$ 10,80.
No Brasil, esses valores somados aos prêmios – que no porto de Paranaguá superam os 60 cents de dólar sobre os valores praticados na CBOT – já levam a oleaginosa a passar dos US$ 11 por bushel.
A seca na Argentina continua atuando como principal combustível para esse avanço. Os últimos mapas climáticos seguem indicando a continuidade de condições ainda bastante adversas, com chuvas significativas podendo chegar ao país somente a partir do dia 13 de março, como reporta a AgResource Mercosul (ARC).
“A ARC alerta, no entanto, que até lá, tais chuvas poderão chegar tarde demais. O atual cenário no país é preocupante, a seca já é classificada uma das piores das últimas décadas na Argentina. São necessárias chuvas no curto-prazo. Além do mais, as temperaturas voltam a se manter acima da média, dificultando qualquer tentativa da planta em resistir ao estresse hídrico”, dizem os analistas da consultoria.
Frente a essas informações, segue o movimento dos fundos de investimento de ampliarem suas posições compradas, fortalecendo ainda mais a trajetória positiva das cotações em Chicago. A janela para a recuperação de algumas áreas de soja na Argentina está, afinal, cada vez mais ajustada. Nesta quinta-feira, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires já trouxe um novo corte em sua estimativa para a produção argentina de 47 para 44 milhões de toneladas.
Os mapas climáticos atualizados não trazem expressivas mudanças no cenário de seca, em algumas regiões da América do Sul. Precipitações significantes voltam a tomar conta dos mapas após o dia 13 de março, na Argentina. No entanto, a ARC alerta que até lá, tais chuvas poderão chegar tarde demais. O atual cenário no país é preocupante, a seca já é classificada como uma das piores das últimas décadas na Argentina.
São necessárias chuvas no curto-prazo. Além do mais, as temperaturas voltam a se manter acima da média, dificultando qualquer tentativa da planta em resistir ao estresse hídrico. No Brasil, o cenário continua com chuvas intensas e em intervalos regulares para o Centro e Norte do país. As regiões centrais do país enfrentam dificuldades de acelerar a colheita. No entanto, não há nenhum problema grave sendo observado para o Brasil.
O Mercado, nesta quinta-feira, na CBOT começou de maneira mista, com cotações testando o lado da baixa até se firmarem em hegemonia para novas altas. Preocupações com a administração de Trump e possíveis conflitos econômicos com a China tem colocado uma “pulga atrás da orelha” da especulação. No entanto, as atualizações climáticas para a Argentina voltaram a ser o grande foco dos operadores, que ainda apostam em uma seca severa e em expansão no país.
Fundos de investimento voltam no empilhamento de posições compradas. Até com que um maior volume da safra argentina seja colhido, e os resultados preliminares sejam estabelecidos no Mercado, qualquer queda repentina da CBOT será corrigida pela falta de chuvas nos mapas.
A ARC lembra que ainda há soja verde no país, com a necessidade de reposição hídrica. No entanto, as previsões meteorológicas falham em trazer chuvas expressivas para as principais regiões sojicultoras da Argentina, nos próximos 10 dias. A janela para uma “amenização” das perdas de produção está se fechando no país.