Manhã de estabilidade para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira. Por volta de 8h (horário de Brasília), os principais contratos subiam entre 0,50 e 0,75 ponto. Assim, o maio ainda tinha US$ 10,35 e os mais distantes se mantinham acima dos US$ 10,40 por bushel.
O mercado busca se manter em campo positivo, dando continuidade ao rally que já conta com nove sessões consecutivas de alta, garantindo um alta acumulada de 5,6% neste período. O avanço continua a ser motivado, segundo analistas e consultores, pela preocupação com a Argentina.
O clima em regiões-chave de produção no país continua adverso, com chuvas ainda limitadas e be localizadas, além de altas temperaturas. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, representantes da Bolsa de Comércio de Rosario afirmaram que os últimos levantamentos da instituição indicam que as perdas na safra de soja podem ficar entre 15% e 17%.
“As previsões climáticas ainda mostram chuvas fracas, que chegam sempre às mesmas regiões – não às que necessitam nesse momento – e continuam arrastando o declínio da safra”, diz o diretor de estratégia agrícola do Commonwealth Bank da Austrália, Tobin Gorey.
Para algumas consultorias internacionais, a colheita argentina de soja poderia ser de menos de 50 milhões de toneladas nesta temporada.
Atenção ainda ao mercado cambial. As consecutivas baixas do dólar no cenário externo têm ajudado a catalisar as altas observadas não só na soja negociada na CBOT, mas nas commodities de uma forma geral. Abaixo dos 90 pontos, o dollar index têm uma leve queda nesta sexta, mas segue sua trajetória negativa e sendo acompanhada de perto pelos traders.