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Soja: preços cedem no porto de Rio Grande

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O mercado internacional da soja segue trabalhando em campo positivo no início da tarde desta quarta-feira na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 13h10 (horário de Brasília), subiam entre 3,75 e 4 pontos, com o contrato novembro/17 valendo US$ 9,21 por bushel.

Segue o foco ainda sobre o clima nos EUA e o desenvolvimento das lavouras no Corn Belt, que entram agora em um dos meses mais importantes durante a temporada. E para meados de julho, as previsões já começam a indicar temperaturas mais altas do que o normal para a época e podem, se confirmadas, gerar especulação e volatilidade em Chicago.

“As lavouras entram na fase mais crítica de sua evolução – floração e formação de vagens e grãos. É o período em que as plantas estão mais sensíveis e mais expostas às variações do clima. E, geralmente, este período coincide com o auge do verão quando, com temperaturas mais altas, é exigido mais água no solo”, explica o analista de mercado e economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.

Os relatórios que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no final do mês – estoques trimestrais e área plantada da safra 2017/18 – já exigem um ajuste do mercado e um posicionamento dos traders. Os novos números serão reportados nesta sexta-feira, 30 de junho.

No Brasil

No mercado brasileiro, a correção do dólar levou junto a formação dos preços nos portos. A moeda americana, por volta de 13h30 (horário de Brasília), recuava 0,55% para voltar aos R$ 3,30 na tarde desta quarta e assim, em Rio Grande, a soja disponível tinha R$ 68,50 por saca, recuando 0,44%. Já a safra nova tinha R$ 72,50 no terminal gaúcho, perdendo 0,68%.

Ao lado do clima nos Estados Unidos, o câmbio deverá continuar direcionando o ritmo dos negócios da soja brasileira, que ainda segue lento. A influência da política nacional, portanto, também deve ser grande, uma vez que o dólar segue orbitando ao redor dos desdobramento das crise política.

“O fatiamento das denúncias pelo procurador-geral diminuiu as chances delas (reformas) serem aprovadas. A expectativa, no entanto, é de que elas ainda passarão”, afirmou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti à agência de notícias Reuters.

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