A manhã desta quarta-feira parece tranquila para o mercado internacional da soja. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), os principais contratos subiam entre 0,25 e 0,50 ponto, com exceção do novembro/17, que perdia 0,25 ponto para ser cotado a US$ 9,48 por bushel.
Após dias bastante agitados na última semana, os traders parecem estar de volta à defensiva, esperando por novidades que possam direcionar melhor as cotações. Seus fundamentos, afinal, já são conhecidos.
“O mercado de grãos está mais ‘quieto’ hoje ao passo que estabelece e testa seus patamares de suporte e resistência”, explica o analista da Allendale, Paul Georgy. Para a oleaginosa, segundo o executivo, o contrato julho encontra espaço para operar entre US$ 9,42 e US$ 9,80.
A oferta é ‘confortável’, a demanda segue muito aquecida e, de acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a nova safra americana se desenha bem por enquanto, com mais de 50% da área já semeada.
As condições de clima nos EUA continuam sendo acompanhadas muito de perto, e esse movimento deverá ser ainda mais intenso nos próximos meses. E o início de junho, segundo as últimas previsões apuradas pela AgResource Brasil, deverá ser de chuvas mais espaçadas e modestas.
Apesar disso, nestes últimos dias, o Corn Belt ainda tem recebido volumes expressivos de precipitações que, em alguns pontos de importantes regiões produtoras, poderá exigir a necessidade de replantio do milho.
Paralelamente, as questões políticas e financeiras – tanto no Brasil, como nos EUA – também se mantêm no radar dos traders, inclusive seu impacto exercido sobre o andamento do dólar e a relação a moeda americana com a brasileira. É essa relação de câmbio que vem direcionando a competitividade entre as sojas americana e brasileira.