O mercado da soja na Bolsa de Chicago, na manhã desta quarta-feira, volta a operar no vermalho, porém, com perdas bastante tímidas e fruto de uma realização de lucros depois de atingir, na sessão anterior, suas máximas em seis meses. O contrato março/17 valia US$ 10,67, enquanto a referência para a safra do Brasil – o maio/17 – era negociado a US$ 10,75 por bushel.
Analistas e consultores nacionais e internacionais observam o mercado e esperam a confirmação ou não de um novo rally sustentado das cotações diante das adversidades climáticas na Argentina, em função do excesso de chuvas, como aconteceu no ano passado. Em abril passado, as cotações registraram uma valorização de 12%, como informa o Agrimoney, nesse mesmo quadro de clima na América do Sul.
Já projetando perdas mais severas do que as reportadas até o momento, o consultor internacional Michael Cordonnier, especialista em safras da América do Sul, cortou sua projeção para a produção argentina para 51 milhões de toneladas, 4 milhões menor do que sua última previsão. “Os hectares perdidos na Argentina são alguns dos mais produtivos do país e, na medida em que estiveram em melhores condições, será muito tarde para replantá-los”, disse Cordonnier.
As especulações sobre o potencial da oferta argentina, portanto, se estende para todo o complexo, uma vez que o país é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja. As perdas na Argentina poderiam, portanto, resultar em menos derivados também, motivando ainda mais a migração dos importadores para o Brasil.
Assim, entre os fundos, as expectativas indicam que eles poderiam, segundo informa a RJ O’Brien, ampliar suas apostas em novas altas para os preços na CBOT.
Fonte: Notícias Agrícolas