O mercado da soja na Bolsa de Chicago opera pelo terceiro dia consecutivo em campo positivo. Na sessão desta quarta-feira, por volta das 7h50 (horário de Brasília), os futuros da commodity subiam de 3,25 a 3,50 pontos, com o julho cotado a US$ 9,79 e o novembro a US$ 9,71.
Segundo o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Genebra, os negócios na madrugada foram mais intensos do que os registrados nos últimos pregões e até o início da manhã de hoje 13 mil contratos já haviam sido negociados, o dobro dos dias anteriores. Na máxima, até este momento, o julho chegou aos US$ 9,8050.
Os traders ainda observam com atenção a demanda maior pela soja norte-americana neste momento, partes em função da dificuldade dos compradores de garantirem produto na América do Sul frente à retração das vendas.
“Os compradores se direcionaram para os Estados Unidos, onde ainda há algum volume de oferta e uma logística bastante ágil. Além disso, os prêmios no Golfo do México, tanto para soja como para milho estão mais baratos do que na América do Sul”, explica Biegai.
O movimento acaba por ajustar a oferta americana ainda mais, fortalecendo os preços no mercado físico norte-americano e, consequentemente, na Bolsa de Chicago.
Complementando o cenário para o mercado futuro da soja há ainda a questão climática nos EUA. Embora alguns mapas mostrem mais chuvas chegando ao Corn Belt, as expectativas maiores são de que esta deverá ser outra boa semana de avanço do plantio no Meio-Oeste americano tanto no caso da soja, quanto do milho.
“Nesta semana, o tempo mais seco deverá ajudar a região leste do Meio-Oeste e o Delta no processo de semeadura, pelo menos até amanhã”, diz Paul Georgy, da Allendale.