O mercado da soja na Bolsa de Chicago vem ampliando suas baixas nesta terça-feira e, por volta das 13h (horário de Brasília), os principais contratos da oleaginosa perdiam mais de 11 pontos, com o maio/17 valendo US$ 9,42 por bushel. O contrato novembro/17, referência para a a nova safra norte-americana, era cotado a US$ 9,44.
A movimentação dos fundos volta a pressionar de forma bastante severa as cotações na CBOT, como explica o analista de mercado da AgResource Brasil, Matheus Gomes Pereira. “Os fundos agora empilham do lado da venda, adicionando posições vendidas sempre que a CBOT tentar ficar estável ou encontrar algum sustento de alta”, diz.
E esse posicionamento dos fundos se dá ainda diante dos estoques globais recordes deste momento, com projeções ainda baixistas para as cotações. “Mas, os fundos têm um limite. O mesmo que limitava os preços e os impedia de chegar aos US$ 11 em dezembro, pode limitar os preços a registrarem quedas ainda mais agressivas em um futuro próximo”, acredita o analista.
Além disso, as projeções mais longas para o clima nos Estados Unidos também melhoraram, com condições mais favoráveis já sendo esperadas para maio, quando o plantio da soja nos EUA é efetivamente iniciado e quando as chuvas deverão ser intermitentes. “De fato, o plantio do milho atrasou, com metade do ano passado, praticamente, mas esse é só o começo”, explica.
No Brasil
No porto de Rio Grande, as cotações também recuam nesta terça-feira, já que ao lado das baixas de dois dígitos em Chicago, o dólar também volta a cair frente ao real, chegando a perder os R$ 3,10 ao longo desta sessão.
Assim, a soja disponível perdia 0,31% para ser negociada a R$ 65,00 por saca, enquanto no mercado futuro, a referência junho tinha R$ 65,30, com baixa de 0,76%. Por volta das 13h30 (horário de Brasília), a moeda americana perdia 0,07% para ser cotada a R$ 3,10