As novidades não chegam e o mercado da soja na Bolsa de Chicago segue sem força para sair do intervalo de preços em que vem trabalhando e fechou a sessão desta quinta-feira (16) em campo negativo, com baixas de mais de 10 pontos entres os principais vencimentos. O mercado internacional aproveitou as boas altas do pregão anterior e realizou lucros durante todo o dia, tirando os US$ 10,70 do vencimento maio/17 mais uma vez.
Segundo explicou o analista de mercado Matheus Pereira, da AgResource Brasil, trata-se ainda da movimentação dos fundos, que colocarm o “pé no freio” depois de uma quarta-feira bastante agitada e ainda na espera por novas informações.
“Se fundos não entram com compras agressivas, fundamentos pesam sobre o mercado e pressionam preços. E o clima na na América do Sul está em boas condições”, diz. “Mas, os fundos continuam comprando agcommodities por ser um investimento extremamente barato e com “baixo risco” aderido”, completa o analista.
Nem mesmo os dados das vendas semanais para exportação que superaram o que os traders esperavam foram suficientes para reverter esse quadro. Na semana encerrada em 9 de fevereiro, as vendas norte-americanas da oleaginosa somaram 1.097,4 milhão de toneladas e superaram as expectativas do mercado de 550 mil a 900 mil toneladas. Do total, 890 mil toneladas foram da safra atual e mais 207,4 mil, da safra nova. A China, como é tradição, se mantém como a principal compradora dos EUA.
Com esse volume semanal, o total acumulado de vendas já feitas no ano comercial chega a 51.738,3 milhões de toneladas, o que corresponde a cerca de 92% do total projetado para ser exportado pelos EUA nesta temporada, além de superar o número do mesmo período da safra anterior, de 41.618,0 milhões de toneladas.
Mercado Brasileiro
No Brasil, o dólar conseguiu uma ligeira recuperação frente ao real após uma sequência de baixas e de testar os R$ 3,03 na semana. A moeda americana terminou o dia com R$ 3,0841 e ganho de 0,56%.
“O Brasil segue surfando numa onda favorável. O dólar ganhou mais um reforço para sua trajetória de baixa com a aprovação da repatriação, mas a queda a partir de agora, com esse patamar, deve ser mais contida”, acrescentou um profissional sênior da mesa de câmbio de uma corretora nacional à Reuters.
A movimentação do câmbio, porém, foi insuficiente para neutralizar os efeitos do recuo da commodity na Bolsa de Chicago, mas conseguiu amenizar em algumas praças e portos do Brasil.
Nesta quinta, Paranaguá terminou o dia de forma estável e ainda com a referência dos R$ 74,00 por saca tanto no disponível, quanto no mercado futuro. Em Rio Grande, alta de 0,27% no disponível, para R$ 74,20, e queda de 0,65% no produto a ser entregue em junho deste ano.
Fonte: Notícias Agrícolas