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Soja fecha nova sessão em alta em Chicago e safra nova tem R$ 77,50 em Rio Grande

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Segue o rally entre os preços da soja na Bolsa de Chicago e, na sessão desta quinta-feira, os futuros da commodity – que terminaram o dia com ganhos de pouco mais de 7 pontos entre as posições mais negociadas – bateram em seus melhores níveis desde o último dia 25 de julho.

Assim, o vencimento maio/18, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 10,35 por bushel, enquanto o julho e o agosto/18 superaram os US$ 10,40 por bushel.

Como explicam os analistas da consultoria internacional Allendale, os traders permanecem atentos em dois principais fatores nesta semana: o dólar, que segue recuando no cenário externo, e o clima na Argentina, o qual continua adverso e comprometendo o potencial da safra 2017/18.

Na Argentina, as chuvas continuam a aparecer de forma bastante irregular e não chegam às áreas onde são mais necessárias neste momento. Ao mesmo tempo, as temperaturas também seguem elevadas e crescendo, trazendo ainda mais preocupação aos produtores e ao mercado.

As mudanças entre as condições argentinas são esperadas, de acordo com o modelo climático americano, somente a partir do dia 19 e de forma bastante pontual, como mostra o boletim diário da AgResource.

“O modelo Americano (GFS) traz chuvas concentradas sobre o Centro-Leste da Argentina, entre 19-24 de fevereiro. Tais precipitações são bastante localizadas e não trazem um cenário de “recuperação” em nível nacional, uma vez que a falta de umidade do solo e o estresse hídrico são características generalizadas pela Argentina. Chuvas são extremamente necessárias no curto-prazo, por todo a região sul da América do Sul”, diz o reporte.

Do lado da demanda, as vendas norte-americanas para exportação ainda seguem evoluindo em um ritmo um pouco mais lento e acabam por limitar o avanço das cotações.

De acordo com o boletim semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram vendidas, na última semana, tímidas 640,4 mil toneladas. O mercado, porém, também esperava uma faixa mais baixa de números para a oleaginosa, que variava de 450 mil a 750 mil toneladas. Em relação à semana anterior, a queda no volume foi de 4% e de 8% se comparado à média das últimas quatro. A China permanece como principal destino da commodity.

No Brasil, os preços fecharam em queda na maior parte das praças de comercialização do país. Em Rio Grande do Sul e no Paraná, as baixas ficaram acima de 1%, mas os preços ainda se mantêm acima dos R$ 60, em alguns casos, acima dos R$ 70 por saca.

Nos portos, as cotações subiram. A soja disponível foi a R$ 75,50 tanto no terminal de Paranaguá, quanto no de Rio Grande, com altas de 0,67% e 0,27%. Já a referência para maio/18 foi a R$ 77,20, com ganho de 0,26% no porto gaúcho.

Além dos ganhos em Chicago, a leve alta do dólar ajudou a puxar os preços no mercado nacional. A moeda americana, nesta quinta-feira, subiu 0,26%, fechando em R$ 3,2359. “O dólar ficou barato e trouxe importadores e investidores ao mercado”, afirmou o gestor de uma corretora nacional á agência de notícias Reuters.

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