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Soja fecha no vermelho em Chicago mas preços encontram altas no Brasil

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Nesta segunda-feira, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia em campo negativo, após operar em baixa durante todo o pregão. As posições mais negociadas perderam entre 6,25 e 8,25 pontos, com o julho/17 valendo US$ 9,64 por bushel.

No Brasil, apesar das altas pontuais observadas ao longo do dia, as praças que não encerraram os negócios com estabilidade, recuaram neste início de semana em algumas praças de comercialização. E esse comportamento veio mesmo com uma alta de 0,66% para R$ 3,1959. Ao longo da sessão, a moeda americana chegou a bater nos R$ 3,2002.

Apesar disso, algumas praças foram exceção, com ganhos de até 2,86%, como foi o caso de Campo Novo do Parecis, que fechou o dia com R$ 54 por saca, ou Alto Garças, com alta de 0,67% e o indicativo chegando aos R$ 60. Ambas as praças são de Mato Grosso, maior estado produtor do país.

No porto de Paranaguá, preços estáveis. A soja disponível fechou com R$ 69,50 e a futura, referência junho, com R$ 70,50. Em Rio Grande, mesmo indicativo para o disponível e para o futuro, que neste caso subiu 0,71%. Em Santos, ganho de 0,43% para R$ 70,30.

Como explica o analista de mercado da Lansing Trade Group, Marcos Araújo, a recente valorização do real – que trouxe a moeda a patamares ainda mais baixos do que os observados nos últimos dias – ainda é o principal fator de pressão sobre os preços da soja formados no Brasil.

“No ano passado, com o dólar mais alto, tínhamos a soja sendo negociada a R$ 84,00 no portos. Hoje, esses valores giram entre R$ 70 / R$ 70,50 por saca”, diz. Além disso, Araújo ainda alerta para uma menor competitividade que o produto nacional tem neste momento, em função de prêmios mais altos que vêm sendo praticados nos portos nacionais.

Em Paranaguá, as principais posições de entrega têm valores que variam de 45 a 55 cents de dólar acima dos preços praticados na Bolsa de Chicago.

Mercado Internacional

O mercado internacional de grãos se prepara para o o boletim semanal de acompanhamento de safras que chega, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no final do dia, além do mensal de oferta e demanda que chega na quarta-feira, dia 10.

Além disso, os traders seguem observando ainda o clima no Meio-Oeste americano. Regiões do Corn Belt e do Delta deverão ter, segundo previsões atualizados, período mais secos nesta semana, bem como estados do sudeste dos EUA.

“No entanto, as chuvas deverão retornar para as partes mais baixas do Meio-Oeste e do Delta antes que o plantio possa evoluir de uma forma mais expressiva, podendo causar mais atrasos”, diz Georgy.

E, de acordo com o último reporte semanal de acompanhamento de safras, o plantio no país já foi concluído em 14% até o último domingo (7). E os números dos embarques semanais reportados nesta segunda pelo USDA também não ajudaram muito o mercado, com dados apenas em linha com as expectativas dos traders.

Enquanto o mercado esperava algo entre 350 mil e 600 mil toneladas, na semana encerrada em 4 de maio, o país embarcou 349,385 mil toneladas. O volume é menor do que o da semana anterior e coloca o acumulado no ano comercial em 49.792,229 milhões de toneladas já embarcadas. No ano passado, nessa mesma época, o volume era de pouco mais de 43 milhões.

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