Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira e fecharam o dia com pequenas altas entre as posições mais negociadas. Os futuros da oleaginosa trabalharam o dia todo em campo positivo, porém, apresentando ganhos bastante tímidos.
Dessa forma, as cotações fecharam o pregão com US$ 9,78 no janeiro/18 e alta de pouco mais de 2 pontos, enquanto o maio/18, referência para a safra brasileira, ficou em US$ 10,01 por bushel. O intervalo para os preços segue bastante curto e, como explica o analista de mercado Stefan Tomkiw, da Société Générale, ainda mantendo sua tendência lateral.
Essas ligeiras altas foram reflexo de uma busca de recuperação após duas sessões consecutivas de baixa nessa semana, principalmente depois do boletim morno trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira (12) e ainda diante da incerteza climática que ronda a nova safra da América do Sul.
“O foco principal dos traders continua sendo o clima da América do Sul, onde as chuvas previstas para o Sul do Brasil e Argentina ainda são abaixo do normal, mas com volumes melhores que as de 2 dias atrás”, informa a Labhoro Corretora em seu boletim diário.
Ainda segundo a análise da corretora, “de modo geral, as condições climáticas ainda estão irregulares pelo menos pelos próximos 8 dias e os mapas estão divergindo, o que diminui o grau de confiança e assertividade nas previsões. Com as previsões atuais os preços poderão continuar negociando dos dois lados em Chicago.
No Brasil, as cotações não obedeceram, mais uma vez, um comportamento linear entre as praças de comercialização e o interior do país. Ao lado de um dia estabilidade em Chicago, afinal, os preços sentiram ainda a pressão do dólar, que voltou a recuar nesta quarta.
A moeda americana terminou o pregão com R$ 3,3159, caindo 0,37%, diante ainda do quadro político nacional, e mais a data do julgamento do ex-presidente Lula. “Há picos de otimismo no mercado, mas há falta de notícia concreta”, resumiu o gerente de Tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini, ao argumentar que o quadro ainda é incerto à agência de notícias Reuters.
No interior, baixas pontuais de 0,40 a 2,36% e referências variando de R$ 56 a R$ 74 por saca. Já nos portos, os preços recuaram de forma generalizada. Em Paranaguá, a soja disponível perdeu 0,66% para R$ 75 e a da nova safra, 2,24% para R$ 74,30. No terminal de Rio Grande, perdas de 0,67% e 0,65%, com indicativos terminando o dia em R$ 74,50 e R$ 76,50 por saca, respectivamente.