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Soja fecha com leves altas em Chicago

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À espera do novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e depois de dez pregões consecutivos de altas na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam a sessão desta terça-feira com estabilidade e do lado positivo da tabela. Mais cedo, o mercado chegou a testar algumas baixas, em um movimento de realização de lucros, porém, conseguiu recuperar uma parte de sua força para fechar o dia com tímidas altas.

O dia foi de ajuste para o mercado futuro norte-americano, com as posições mais negociadas encerrando os negócios com ganhos de 4 a 5 pontos, e o novembro/17 – referência para a safra americana – com US$ 10,43 por bushel. O espaço para novos ganhos, porém, está mantido como explicam analistas e consultores, uma vez que as condições de clima no Meio-Oeste americano seguem desfavoráveis para as lavouras neste momento, com os mapas climáticos atualizados ainda mostrando tempo quente e seco no Corn Belt.

“Nos próximos 6 a 10 dias, o Meio-Oeste americano vai continuar quente e seco, segundo as últimas previsões, porém, não tanto quanto as Planícies. E estas previsões formam uma base sobre os preços dos grãos”, acredita o analista de mercado Bob Burgdorfer, do portal internacional Farm Futures.

De acordo com informações apuradas pela AgResource Brasil (ARC Brasil), “a tendência climática tem se solidificado em cada atualização climática para os Estados Unidos. O padrão com temperaturas acima da média e chuvas logo abaixo vem se expandindo e estacionando sobre o Centro do país, dificultando a formação de novas chuvas sobre o oeste do Cinturão e quase todas as Planícies”.

“Caso as chuvas continuem escassas e temperaturas quentes até o começo de julho, dificilmente o cenário climático mudará até agosto, quando começa a temporada de colheita nos EUA. Apesar de recentes chuvas dispersas sobre o Cinturão, o produtor norte-americano necessita de melhores precipitações para os próximos 10-15 dias”, completa a ARC Brasil.

Expectativas para o USDA

O USDA traz seu novo boletim mensal de oferta e demanda nesta quarta-feira, 12 de julho, e o mercado espera com ansiedade pelos números dos estoques norte-americanos, principalmente os da safra velha.

“Estamos chegando ao tempo em que o USDA precisa ajustar seus números de oferta e demanda da temporada anterior. Não pense que só porque nos distanciamos de janeiro, o “mês final” para os números de produção que eles não podem ainda mudar. As revisões podem ser feitas nas importações e até mesmo nos estoques iniciais, o que significa que os ajustes ainda podem ser feitos”, diz o analista internacional Darin Newson, do portal DTN The Progressive Farmer.

Os estoques finais de soja da safra 2016/17 dos EUA têm uma média estimada de 11,81 milhões de toneladas, contra 12,25 milhões do boletim de junho. O intervalo esperado é de algo entre 10,4 e 12,79 milhões de toneladas. Na safra anterior, o número foi de 5,36 milhões.

Mercado Brasileiro

No Brasil, o dia foi de estabilidade para os preços da soja. O mercado testando os dois lados da tabela em Chicago e a movimentação também limitada do dólar frente ao real acabaram limitando o movimento de avanço das cotações no Brasil.

No interior, algumas poucas praças de comercialização registraram pequenas baixas ou leves ganhos, como Sorriso, onde a saca fechou o dia com R$ 56 e alta de 1,82%. Já entre os portos, o destaque foi Paranaguá, onde a referência para o disponível ficou em R$ 75 por saca, subindo 1,35% e, para março do ano que vem em R$ 76,50,com um incremento de 0,66%. No terminal de Rio Grande, R$ 75 também no disponível, e queda de 1,27% para R$ 78 para a safra nova.

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