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Soja fecha com boas altas em Chicago e leva preços nos portos a R$ 71

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago, nesta terça-feira, trabalhou durante toda a sessão em campo positivo e fechou o dia com altas de 8 a 9,25 pontos entre seus principais contratos. O vencimento julho/17, o mais negociado agora, terminou os negócios valendo US$ 9,74 por bushel.

Embora o clima nos Estados Unidos ainda se mostre como o protagonista do mercado internacional, o avanço das cotações se deu, como explica o analista de mercado da Agrinvest Commodities, João Schaffer, por uma conjunção de fatores. “Tivemos três destaques sendo o primeiro deles o relatório (mensal de oferta e demanda do USDA) desta quarta-feira, a questão climática e um pouco da melhora das margens de esmagamento na China”, diz o executivo.

O mercado já espera uma redução dos estoques finais da safra velha pelo USDA no boletim que chega nesta quarta-feira – de 12,11 milhões para uma projeção média de 11,95 milhões de toneladas – bem como aguarda também uma revisão para cima nas vendas para exportação também da temporada 2016/17, a qual está em 55,11 milhões, contra um total comprometido de mais de 56 milhões.

Enquanto isso, a China também continua ocupando um papel importante na formação dos preços, já que sua demanda se mantém consistente e crescendo. “Nas últimas cinco semanas, a China embarcou – do Brasil, EUA, e Argentina – um total de 11 milhões de toneladas e, considerando essas três origens, ainda há uma fila de navios já nomeados com destino China um total de mais 7 milhões”, explica Schaffer.

Além disso, também dos lados dos chineses vem a notícia de que, a partir de julho, a taxação sobre a soja importada deve cair de 13% para 11% e isso pode contribuir ainda mais para a demanda. No entanto, com a chegada efetiva dessa soja já comprometida pode deixar o ritmo de compras ligeiramente mais lento, uma vez que – agora positivas – as margens poderiam voltar a ficar negativas com o total dessa oleaginosa em trânsito chegando à nação asiática.

O impacto dessas informações, porém, é mais ameno neste momento em que o mercado em Chicago está bastante conectado à condição climática nos Estados Unidos neste momento de plantio. Os novos mapas mostram muitas chuvas para os próximos 15 dias em importantes regiões produtoras e os preços já começam a refletir esse quadro, embora, as preocupações maiores sejam, neste momento, sobre o milho.

“Os modelos climáticos EUROPEU (ECMWF) e AMERICANO (GFS) mostram previsões similares com outra rodada de chuvas no período de 9-15 dias. Aos poucos, os modelos têm mostrado um retorno de chuvas fortes que poderão agravar ainda mais as inundações nas Planícies, no Leste do Cinturão Agrícola e no Delta. Os modelos vinham divergindo e nem sempre em acordo sobre a volta de um padrão mais úmido. Agora os dois modelos mostram previsões similares com novas precipitações começando na próxima semana. O retorno de chuvas pesadas com solos já saturados de umidade é uma grande preocupação para o Missouri, Arkansas, Illinois, Indiana e para as planícies”, informou a consultoria a AgResource Brasil em um reporte.

No Brasil, os preços acompanharam as altas registradas na Bolsa de Chicago e também subiram. O movimento amenizou, nesta quinta, a queda de 0,34% do dólar, que fechou com R$ 3,1849. “O dólar aqui teve movimento diferente do exterior, o que pode ser sinal de que o mercado ficou otimista com a reforma da Previdência”, comentou o estrategista de investimentos da gestora de patrimônio UBS Wealth Management, Ronaldo Patah à agência de notícias Reuters.

No interior, os ganhos entre as principais praças de comercialização ficaram entre 0,83% e 2,50%, com referências variando, nesta quinta, entre R$ 54,00 e R$ 65,00 por saca. Já nos portos, a referência para junho conseguiu fechar com R$ 71,00 tanto em Paranaguá, quanto em Rio Grande, com altas de 0,71%. A disponível, por sua vez, ficou em R$ 70,00 no terminal paranaense e com R$ 70,20 no gaúcho.

Esse movimento das cotações, portanto, tem motivado uma melhora no ritmo da comercialização no Brasil, com vendas mais expressivas sendo efetivadas diante de patamares ligeiramente mais altos neste momento.

“Estamos vendo isso como oportunidade. Os rallies de clima vêm acontecendo e, vendo a sazonalidade, os melhroes preços, nos últimos 30 anos, são em maio, junho e julho, e o produtor tem que estar bastante atento e realizar sua comercialização nestes picos”, orienta o analista da Agrinvest, João Schaffer.

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