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Soja fecha a 4ª com quedas na CBOT

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O mercado da soja encerrou a quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT) do lado negativo, com quedas de 3,25 a 7,75 pontos nos principais vencimentos. O contrato setembro/17 apresentou queda de 7,75 pontos, a US$9,23/bushel. Para novembro/17, queda de 4 pontos, a US$9,33/bushel. Janeiro/18 teve queda de 3,75 pontos, a US$9,42/bushel e março/18, queda de 3,25 pontos, a US$9,52/bushel.

De acordo com Marlos Correa, analista de mercado da InSoy Commodities, alguns fatores como o relatório positivo de condições de lavoura divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na segunda-feira, elevando as lavouras em boas condições em 1%, bem como as projeções que vêm sendo divulgadas pelos Crop Tours que estão conferindo as condições da soja norte-americana in loco ajudam o mercado em parte dessa alta. Outro fator que influencia as cotações é o feriado do Labor Day, que ocorre na próxima segunda-feira (4) nos Estados Unidos e pode fazer com que as operações se tornem menores a partir de sexta-feira (1).

Entretanto, Correa lembra que não há nenhum fator muito forte influenciando o mercado neste momento, que está trabalhando em cima de observações, sem arriscar a tomada de posição de um lado altista ou baixista. A presença da Tempestade Harvey no sul do país norte-americano também não vem surtindo efeito nas cotações, apesar da pausa na saída de soja e milho pelo Golfo do Texas. Por sua vez, a demanda também colabora para segurar as cotações, tendo a China como boa compradora, importando grandes volumes neste momento.

Jack Scoville, analista da Price Futures Group, apontou em seu boletim “Morning Grains” que a safra de soja irá precisar de uma longa temporada de crescimento. Ainda há muito tempo para a oleaginosa amadurecer e ser colhida, assim, as condições climáticas podem puxar as estimativas privadas para baixo ou para cima nos próximos dias.

Os traders também devem monitorar a direção das chuvas vindas da Tempestade Harvey nesta semana. Este fator pode trazer mais interesse ao mercado caso elas cheguem ao Delta do Mississipi, onde há áreas de soja que podem ser afetadas se atingidas pela tempestade.

Mercado interno

O analista da Insoy Commodities destaca que os produtores brasileiros estão segurando a produção, com vendas sendo feitas apenas para pagar contas. Em função das últimas notícias de possibilidade de um La Niña forte, muitos também visualizam uma possibilidade de o mercado interno ficar aquecido durante a safra de verão.

Os compradores ofertam preços por volta de R$ 62 a R$ 62,50, enquanto os vendedores pedem por preços de R$ 63,50 a R$ 64. Muitos se preparam para o plantio da soja precoce em setembro, mas as atuais condições não oferecem grande segurança para a safra.

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