Os futuros da soja sobem na manhã desta quarta-feira na Bolsa de Chicago. Perto de 7h15 (horário de Brasília), as cotações apresentavam pequenas altas de pouco mais de 3 pontos, recuperando as ligeiras baixas do fechamento da sessão anterior. Assim, o novembro/17 valia US$ 9,69 e o maio/18, indicativo para a nova safra do Brasil, valia US$ 9,79 por bushel.
O mercado internacional segue trabalhando de lado, apresentando movimentos técnicos nestes últimos pregões, à espera de novidades consistentes que poderiam mudar a direção das cotações. “O mercado de grãos está se consolidando à espera de notícias novas”, diz o boletim diário da Allendale.
Segundo analistas internacionais, os traders se posicionam à espera de mais informações, principalmente, sobre as primeiras produtividades que começam a chegar dos campos norte-americanos, tanto no caso do milho, quanto da soja. De acordo com o último reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta segunda-feira (18), a colheita nos EUA chegou a 4% da área. O índice é apenas 1% menor do que a média dos últimos cinco anos.
Na América do Sul, atenção ao clima para o início da nova safra de verão. Previsões estendidas do Commodity Weather Group (CWG) mostram, nesta semana, que tanto o Brasil, quanto a Argentina, dão início à esta nova temporada com condiçoes inadequadas de chuvas, além de ainda estar ameaçada pela possibilidade de configuração de um La Niña.
“O desenvolvimento do La Niña aumenta as ameaças para o milho e a soja do Brasil, com uma seca podendo ocorrer em outubro no Centro e Nordeste do país. No entanto, as chuvas podem melhorar na sequência”, diz o boletim do CWG.
Ainda no Brasil, o início do plantio da soja e do milho poderia se atrasar no Centro-Oeste, mas ter esse processo recuperado e as condições amenizadas depois do começo de outubro. Porém, o grupo afirma ainda que a oleaginosa e o cereal do Paraná poderiam sofrer com a continuidade do tempo seco durante novembro, o que poderia, se confirmado, prejudicar também o café do Centro-Sul do Brasil.
E nesta quarta-feira, as commodities sobem de forma generalizada, com o petróleo liderando os ganhos e subindo mais de 1% hoje. Ao mesmo tempo, o dólar index segue recuando, com uma baixa de 0,14% para 91,49 pontos.
Complementando o cenário, as informações de demanda também seguem aguardadas quase que diariamente pelos traders. E o USDA vem trazendo novos e importantes anúncios de vendas da oleaginosa, confirmando esse momento importante do consumo.